Após dois anos interrompida por conta da pandemia de Covid-19, a festa de Carnaval voltará a acontecer em Joinville em 2023. A realização do evento foi confirmada após reunião entre a prefeitura, a Liga das Escolas de Samba de Joinville (LIESJ) e a Secretaria de Cultura e Turismo (Secult) na última quarta-feira (28).
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As festividades estão programadas para o sábado, 11 de fevereiro, uma semana antes dos eventos mais tradicionais da região. A atividade tem como objetivo valorizar o turismo local, oferecendo uma programação complementar.
O desfile será organizado pela LIESJ na Avenida Beira Rio e vai contar com quatro escolas: Príncipes do Samba, Fusão do Samba, Unidos pela Diversidade e Unidos do Caldeirão. Para Deyvid da Silveira, presidente da liga das escolas, o sentimento é de alegria.
— Estamos muito felizes em poder retomar a realização do nosso Carnaval após o período da pandemia. Joinville estava sentindo muita falta deste evento.
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Em 2022, a LIESJ foi contemplada pelo edital da Lei Aldir Blanc e já executava projeto “Festival Carnaval nos Bairros”, com uma oficina de samba na ponta do pé, cujo primeiro módulo foi realizado em novembro de 2021, na Sociedade Kênia Clube.
Carnaval interrompido pela polícia
A última edição do Carnaval em Joinville foi em 2020 e foi interrompida pela Polícia Militar (PM) após confrontos com os foliões. O caso aconteceu duas horas antes do encerramento programado. A festa, chamada de “Folia 2020”, iniciou às 17 horas e pouco antes da 1 hora da madrugada foi instalada uma confusão perto do palco que levou à ação da PM em todo o perímetro do evento.
Segundo relatos dos participantes, a briga teria ocorrido entre um grupo de pessoas. Com a intervenção da PM, outras participantes começaram a reagir jogando latas, garrafas e outros objetos encontrados na rua nos agentes, mas ainda tratava-se de um grupo de pessoas restrito de foliões. Por isso, a surpresa do público com o tamanho da ação dos policiais militares.

À época, o subcomandante do 8º Batalhão de Polícia Militar informou que as ações foram tomadas para restabelecer a ordem pública, e que os infratores foram identificados e conduzidos à Central de Polícia. No total, 16 pessoas foram detidas.
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De acordo ele, a situação ocorreu a partir de uma briga generalizada entre participantes da festa, seguranças e guardas municipais. O chefe de segurança do evento pediu apoio à PM para restabelecer a ordem. Quando os policiais chegaram, segundo o major, também foram atacados com garrafas de vidro e pedras. Por isso, teria sido necessário utilizar meios e uso progressivo de força.
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