A promessa de reconstruir a ponte sobre o rio Putanga, que liga Guaramirim a Massaranduba, começou a virar realidade depois de mais de dois anos de espera. Funcionários da Prefeitura de Guaramirim e da Construtora BTN, de Joinville, responsável pela obra, iniciaram na segunda-feira a retirada do barro às margens, para depois fazer as fundações.
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A previsão é de que a obra seja concluída em seis meses. Após a conclusão do trabalho de topografia, retirada de barro e do estaqueamento para fazer as fundações, será feita a remoção dos entulhos da antiga ponte. A base da estrutura que caiu será aproveitada para ajudar os trabalhadores a posicionarem os maquinários. A Prefeitura de Guaramirim ficará responsável pelo enrocamento – construção de um reforço com pedras nas margens, para evitar erosão -, enquanto Massaranduba ficou com a parte da retirada dos entulhos.
Por causa de uma erosão nas margens, que ocorreu no período em que as obras ficaram paradas, o projeto executivo precisou ser refeito, com o aumento da passagem de 28 metros para 33,5 metros, e o custo passou de R$ 650 mil para R$ 850 mil. A obra também atrasou porque foi preciso reenviar o projeto para a Agência de Fomento do Estado de Santa Catarina (Badesc), que vai financiar R$ 600 mil para a construção da estrutura.
Desde que a estrutura caiu após uma enchente, em março de 2011, o deslocamento entre os bairros Putanga, em Guaramirim, e Guarani-Açu, em Massaranduba, só pode ser feito pela SC-108, aumentando o percurso em cerca de dez quilômetros. A maior dificuldade é enfrentada pelos agricultores, pois a estrutura fica em meio à plantações de arroz.
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O rizicultor Irineu de Souza, 55 anos, sabe bem a falta que a ponte faz. Morador do bairro Putanga, em Guaramirim, Irineu trabalha todos os dias nas plantações que ficam do outro lado, enfrentando um percurso que gera desgaste físico e pesa no bolso. Na colheita, ele precisa contratar uma carreta para transportar o maquinário, que não pode andar na rodovia.
– Isso dá uma despesa de R$ 10 mil por ano, sem contar o combustível a mais -, comenta.
O aposentado Emídio Schappo, 64 anos, mora em Massaranduba, perto da ponte, e costuma atravessar para o outro lado passando sobre um poste improvisado, colocado entre os entulhos da antiga ponte e a margem de Guaramirim.
– É um risco para os moradores. Pelo menos dois ciclistas já caíram no rio fazendo essa travessia -, comenta.
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