Às 7h desta quinta-feira os operários da reforma na Arena Palestra voltaram aos trabalhos, depois de dez dias de paralização, ocorrida por consequência da morte do funcionário Carlos de Jesus, na queda de quatro lajes no local, e que ainda deixou um ferido. Apenas os 4,8 mil m², local em que houve o acidente e equivale a cerca de 10% do estádio, seguem interditados.

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Pela entrada principal, na avenida Francisco Matarazzo, era possível ver a movimentação de funcionários e o barulho das máquinas dentro do estádio. Na rua Padre Antônio Tomás, seis caminhões com terra estavam estacionados, enquanto outro já estava na parte interna das obras, descarregando.

Entre os funcionários, o sentimento era de que, apesar da tristeza, a reforma não poderia parar. De acordo com um trabalhador no laboratório de concreto na Arena Palestra, havia maior presença de pessoas ligadas à segurança no local. Tanto ele quanto outro operário disseram que este sempre foi um ponto valorizado durante os quase dois anos de reforma no estádio palmeirense. Segundo a assessoria de imprensa da WTorre, porém, não houve nenhuma alteração neste sentido.

Após a morte do operário, contratado pela empresa terceirizada TLMix, a qual cuidava da reforma no setor da queda, a WTorre vetou a volta dos trabalhos no restante do estádio na terça passada, por luto. A expectativa era de que esta fosse feita na quarta, mas a subprefeitura da Lapa não liberou.

Apenas uma semana depois a autorização veio, o que viabilizou a sequência da obra. A Polícia Civil abriu inquérito para investigar o acidente, e já começou a ouvir envolvidos no caso. O processo pode levar um mês, mas, caso precise, a polícia pode pedir o aumento deste prazo.

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Em meio ao imbróglio nas obras, nesta quarta-feira a WTorre informou ter acertado a venda dos naming rights da Arena Palestra para a seguradora Allianz. Sem dar detalhes do acordo, a empresa informou que explicará os pontos da parceria em um evento na próxima segunda-feira.