Após denúncia, sala de raio X da UPA de Cordeiros em Itajaí passa por vistoria

A sala de raio X da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Cordeiros, em Itajaí, passou por vistoria na manhã desta quinta-feira. A avaliação tem o objetivo de identificar se há problemas na blindagem no local, o que colocaria em risco a segurança da equipe que atua no local, em função do vazamento de radiação. O laudo com o resultado deve ser entregue à prefeitura na próxima semana.

O secretário de Saúde de Itajaí, Márcio Silveira, explica que a decisão de fazer a vistoria foi do município. Segundo ele, assim que soube do possível vazamento de radiação, no dia 20 de novembro, o local foi interditado e a farmácia, que ficava em frente, transferida.

– Contratamos uma empresa de Porto Alegre, autorizada pela Anvisa, para a vistoria, pois foi a única que poderia fazer antes do Natal. Eles têm 30 dias para nos entregar o laudo, mas semana que vem já devemos ter o resultado – comenta.

Se for confirmado o vazamento, Silveira afirma que vai averiguar o que ocorreu e os possíveis problemas que pode ter causado. De acordo com o secretário, o resultado do laudo também será enviado ao Ministério Público, que investiga duas denúncias sobre o caso.

O promotor Marcelo Coutinho, da 13ª Promotoria, instaurou inquérito e agora aguarda as repostas dos envolvidos para dar continuidade às investigações – os responsáveis têm 10 dias úteis para responder, a partir da entrega do ofício.

Funcionários denunciaram situação

Funcionários do posto de saúde denunciaram a situação da sala de raio X com base em testes e em um relatório da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), que informava, ainda em outubro do ano passado, sobre a irregularidade. A sala estaria apresentando problemas na blindagem há pelo menos um ano e dois meses.

Quem trabalhava no local à época desconfiou que alguma coisa estava errada com o isolamento e proteção do equipamento, verificando situações simples como o peso da porta, que não deveria ser tão leve se houvesse a obrigatória camada de chumbo. Os profissionais que atuam na unidade temem algum tipo de contaminação pela exposição à radioatividade.