O serviço dos bombeiros voluntários de Araquari voltou a operar normalmente após um grupo de 30 oficiais se desligar por descontentamento com a gestão da instituição. Em entrevista à CBN Joinville, o presidente do Corpo de Bombeiros Voluntários de Araquari, Roberto Felício Xavier, garantiu a volta nesta sexta-feira (1º) e explicou a sua versão dos fatos.
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De acordo com o diretor, a demissão do comandante Charles Constantino, na quarta-feira (28), aconteceu por motivos distintos dos ditos pelos voluntários que saíram. De acordo com os voluntários, o comandante teria sido desligado da unidade após solicitar à diretoria transparência e prestação de contas.
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— Nós acabamos dispensando o comandante por uma série de motivos. Ocorreram alguns fatos, que fomos saber por terceiros, e a reunião da diretoria optou pelo desligamento do comandante. Os demais voluntários tomaram as dores do comandante — disse.
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— A saída dele é irreversível. Temos uma pessoa de extrema confiança na diretoria e me parece que ocorreu um desacato em relação a ele, e gerou uma série de situações. Embora tenha feito várias coisas boas, não tiro o mérito dele. Mas é um vaso que cai no chão e quebra, não tem como colocar de volta. Quando foi demitido, os demais pediram demissão — afirma.
Depois da saída do grupo de profissionais, o atendimento de emergência foi feito pelo Corpo de Bombeiros Militar. Segundo Felício Xavier, o serviço está normalizado.
— Foram duas ocorrências, transferidas para o Bombeiro Militar. Não ficou descoberto. Hoje, está normal com profissionais aptos. O quadro está completo — esclarece.
De acordo com um dos oficiais que se demitiu, nenhum dos bombeiros que pediram demissão foram chamados e os substitutos já foram voluntários em outros momentos. Uma reunião entre a direção dos bombeiros e o grupo que se demitiu deve acontecer no fim da tarde desta sexta-feira.
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Voluntários reclamavam de falta de transparência
Em um manifesto, os bombeiros voluntários citam que as equipes estão sem material de assepsia, falta de recursos básicos, como fichas para registro de pacientes; atraso nos pagamentos (seis deles são remunerados); falta de manutenção adequada nas ambulâncias; falta de transparência nas finanças; e permissão para que pessoas com histórico de negligências continuem trabalhando.
Segundo o presidente, há prestação de contas para instituições públicas.
— A prestação de contas é super transparente. Nós recebemos subsídio da prefeitura de Araquari, cerca de R$ 55 mil, e temos que prestar conta. Se não fizer isso, não recebe no próximo mês. Também, tem contribuição da Celesc em R$ 20 mil. Existe prestação de contas — disse.
Ainda, sobre as outras situações que geraram descontentamento, o diretor esclareceu que houve problemas, mas foram resolvidos.
— Temos três ambulâncias. Mas teve um dia, que infelizmente, uma ambulância arrebentou a mangueira do radiador e outra estourou a bateria, situações inusitadas. Prontamente foram consertadas e estão disponíveis no quartel — afirma.
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— Sobre salário, as pessoas recebiam ajuda de custo e passaram a não receber, pois não tinha dinheiro para tanto — falou Roberto Felício Xavier.
Veja fotos do Corpo de Bombeiros Voluntários de Araquari
*Sob supervisão de Andréa da Luz
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