Foi em meio a familiares e amigos que Marco Antônio Tebaldi foi sepultado nesta segunda-feira (14), por volta das 17h45min, no Cemitério Municipal de Joinville. Era o fim de um dia inteiro de homenagens e despedidas de um político que ocupou alguns dos mais importantes cargos públicos da cidade e em Santa Catarina nas últimas três décadas e que, naquele momento, estava rodeado, principalmente, por aqueles que faziam parte de sua história pessoal.

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– Aqui não vamos sepultar o político, nem o ex-prefeito ou o ex-deputado federal. Aqui, vamos sepultar o Marco Tebaldi – salientou o Padre Renato, que realizou a cerimônia religiosa e era, ele também, um amigo próximo.

Tebaldi foi sepultado na ala dos ex-prefeitos, bem ao lado de Luiz Henrique da Silveira e próximo de Wittich Freitag, pessoas que tiveram grande importância em sua trajetória política.

O caixão foi levado até o cemitério por um caminhão do Corpo de Bombeiros Voluntários de Joinville, em cortejo iniciado no Centreventos Cau Hansen, onde o velório havia sido iniciado às 7 horas.

Velório ocorreu no Centreventos Cau Hansen
Velório ocorreu no Centreventos Cau Hansen (Foto: Salmo Duarte)

Durante todo o velório, histórias de bastidores da vida política da cidade nos últimos anos eram trocadas por profissionais que atuaram nas diferentes áreas por onde Marco Tebaldi passou.

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Além de coordenador da área de saneamento entre o fim dos anos 1980 e o início dos anos 1990, cargo que provocou sua mudança para Joinville e o colocou em destaque, ele foi Secretário de Habitação, vice-prefeito, prefeito, deputado federal e secretário estadual de educação.

– Tebaldi passou a metade de sua vida em Joinville. Fica aqui o vazio de sua partida mas a certeza de ter ajudado nossa cidade a se transformar em um lugar melhor e mais seguro – afirmou o prefeito Udo Döhler.

Nascido no distrito de Capo-Erê, em Erechim, no Rio Grande do Sul, Tebaldi mudou para Santa Catarina no início dos nos 1980, onde cursou Engenharia Sanitarista e Ambiental. Ele vinha de uma família de seis filhos e, mesmo vivendo longe dos irmãos, mantinha uma relação muito próxima com os familiares que permaneceram no Rio Grande do Sul.

– Ele se dedicou muito a Joinville, cidade que adotou para viver, e também a toda Santa Catarina, porque percorreu todos os municípios quando foi deputado federal. Mas nunca esqueceu da cidade natal – comenta a irmã, Elsa Tebaldi Rigo.

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A família recorda que Tebaldi não trazia sonhos de tornar-se político da infância, mas que sempre foi dono de um perfil agregador e dotado de facilidade nos relacionamentos sociais. Elsa espera que o irmão seja lembrado pela dedicação ao trabalho.

Nos últimos meses, Tebaldi coordenava o PSDB de Santa Catarina e dedicava-se a compartilhar sua experiência para formação de novos líderes políticos. Na despedida, padre Renato salientou sua dedicação neste trabalho e destacou que, apesar de sua partida precoce, ele deixou seu legado.

– A beleza da vida está em "gastá-la" até o fim com aquilo em que acreditamos – frisou.

Tebaldi tinha 61 anos. Ele havia sido diagnosticado com câncer no pâncreas há cerca de dois anos.

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