Com foco nas Olimpíadas do ano que vem, a jogadora de vôlei Natália Zílio está trocando de clube. Depois de cinco anos, ela deixa o Osasco, em São Paulo, e passa a integrar o Rio de Janeiro. O anúncio oficial foi feito pela ponteira da seleção brasileira na manhã desta quarta-feira em Joaçaba, no Meio-Oeste do Estado.

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Ela está em Santa Catarina para visitar a família e também para uma pausa antes dos novos desafios. Na próxima semana, Natália retoma a maratona de treinos junto à seleção e, somente em novembro, deve vestir a camisa do Unilever, que foi campeão da Superliga.

O contrato com o clube carioca, comandado pelo técnico Bernardinho, se estende até junho de 2012. Nesse tempo, a ideia é aprimorar as técnicas de jogo e realizar o sonho de uma medalha de ouro olímpica.

Segundo a ponteira da seleção, que deve atuar na mesma posição no Unilever, trabalhar com o Bernardinho será sinônimo de crescimento pessoal. Ela considera que o técnico seja o melhor do mundo.

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– Não foi a primeira proposta. Eu senti que precisava aceitar e mudar de ares. Trabalhar com o Bernardinho vai favorecer o preparo para as Olimpíadas – diz.

Só que o novo desafio não deve substituir as boas lembranças passadas como, por exemplo, o carinho pelo técnico do Osasco, Luizomar de Moura, que Natália sempre considerou como um pai. E o novo clube também não deve atrapalhar os planos de continuar brilhando na seleção.

Antes de fazer mudança definitiva para o Unilever, Natália vai participar de competições importantes defendendo o vôlei feminino do Brasil. Na lista, estão o Gran-Prix, a Copa Panamericana e a Copa do Mundo.

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Depois dos campeonatos e, quem sabe com algumas medalhas a mais na coleção, a ponteira começa os treinos no time de Bernardinho junto com outros destaques da seleção. Mari e Sheilla, que atua como oposta, já renovaram os contratos com o clube.

O que ainda não está definido é a contratação de uma levantadora de peso. Natália diz não ter preferências por algum nome porque sabe que “a escolha será bem feita”.

Jogadora de rara força e impulsão, Natália ataca a 3m do chão e bloqueia a 2,88 m. Ela foi contratada para atuar na equipe adulta do Osasco quando tinha 16 anos. Agora, deixou de ser uma promessa e brilha como realidade nas quadras.

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Diário Catarinense – Toda essa mudança é uma estratégia para as Olimpíadas?Natália Zílio – Eu estava precisando dessa mudança para a Olimpíada e vai ser importante para a minha carreira. Trabalhar com o Bernardo, que é o melhor do mundo, vai trazer crescimento e renovação profissional.

DC – A parceria com outras colegas de clube, como Mari e Sheilla, está afinada?

NZ – Jogamos juntas no Mundial e em outros campeonatos da seleção. Não vejo dificuldade para nos adaptarmos, porque há um entrosamento bom.

DC – Como vai ser voltar a atuar como ponteira?

NZ – Nas últimas três Superligas eu atuei como oposta. Mas, desde o infanto-juvenil eu jogo na ponta. Não vai ser nenhuma novidade.

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DC – A mudança de cidade pode atrapalhar o ritmo?

NZ – Estou acostumada com viagens, cidades diferentes. É cada mês em um lugar. A cultura de São Paulo é muito diferente do Rio de Janeiro. Mas, estou tranqüila quanto à nova casa.

DC – Como vai ser o trabalho com o Bernardinho?

NZ – Vai ser uma experiência nova. Na carreira profissional, só trabalhei com o Zé Roberto na seleção e o Luizomar no Osasco. O jeito do Bernardinho trabalhar é totalmente diferente, mais estourado. Será um grande desafio.

DC – O contrato com o Rio de Janeiro é de um ano. E depois, qual será o próximo passo?

NZ – Agora vou pensar na seleção, nas competições importantes que temos pela frente. Depois, o foco vai para o Unilever e a manutenção do título na Superliga. Ano que vem tem a Olimpíada. Vai ser um degrau de cada vez. Mas, sem dúvida, o ouro olímpico é um grande sonho que tenho.

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