Após a cassação dos mandatos do prefeito e do vice de Xavantina, em novembro de 2022, o município do Oeste catarinense terá eleições suplementares neste domingo (7), para eleger o novo chefe do executivo. Uma única chapa é candidata ao pleito, formada pelo atual prefeito interino, Luciano Altenhofen (PL), e pelo vereador Acácio Molozzi (PT).
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Cassados por um esquema de compra de votos nas Eleições Municipais de 2020, na qual foram eleitos, o ex-Prefeito Ari Parisotto (PL) e seu vice, Ariel Malacarne (PT), chegaram a se candidatar para as novas eleições nas convenções partidárias realizadas em março. Porém, apesar de terem mantido seus direitos políticos de elegibilidade, a Justiça Eleitoral da Comarca indeferiu a candidatura da chapa após recomendação do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).
Assim, a coligação Juntos por Xavantina escolheu Luciano e Acácio como candidatos únicos aos cargos, visto que a oposição decidiu por não registrar concorrentes.
Xavantina fica na microrregião do Alto Uruguai Catarinense e possui cerca de 3.502 eleitores. A votação para prefeito e vice ocorrerá das 8h às 17h, por meio de urna eletrônica.
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Entenda a cassação dos ex-mandatários
Ari Parisotto e seu vice de chapa, Ariel Malacarne, foram eleitos para o executivo de Xavantina após vencerem as Eleições Municipais de 2020 com 53,81% dos votos. Porém, o Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC) identificou uma série de crimes e irregularidades na campanha eleitoral da chapa, principalmente por conta de um esquema de compra de votos.
No despacho, o magistrado menciona a apreensão de um celular com registro de conversa em que um dos investigados fala em oferecer “5 mil batatas” na negociação por votos, que seria um código para tratar de dinheiro. Além disso, conforme narra o juiz, um outro envolvido foi detido com santinhos e R$ 3.876,00 em espécie em seção eleitoral no dia da votação.
Parisotto e Malacarne foram enquadrados no artigo 41-A, da Lei nº 9.504/97, que aborda sobre a prática de captação ilícita de sufrágio.
A determinação do TRE-SC levou em conta provas como o depoimento de testemunhas e dados extraídos do celular de uma pessoa investigada.
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A cassação do diploma aconteceu em 24 de novembro do ano passado, confirmando decisão anterior, de primeiro grau, da Justiça Eleitoral. O então prefeito e vice deixaram os respectivos cargos em 9 de março, quando o então presidente da Câmara Municipal de Xavantina, Luciano Altenhoffen, assumiu como interino.
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