Ontem os jogadores da Chapecoense puderam curtir um samba, mas somente no sistema de som da academia onde fizeram musculação. Depois, puderam ir ao Ecoparque, área de lazer no Centro da cidade; não para passear, e sim, para correr e suar. Depois da folga de dois dias e meio de Carnaval, o preparador físico Anderson Paixão não deu moleza.
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– O corpo precisa se readaptar ao trabalho – afirmou Paixão.
Por isso, a volta foi marcada por um trabalho de reforço muscular. Ele quer manter o fôlego do time, que fez oito dos 12 gols no segundo tempo. Para o preparador físico, a boa resposta dos jogadores no campeonato tem relação direta com a dedicação dos jogadores aos exercícios.
Anderson Paixão não faz o estilo carrasco. Geralmente é tranquilo e está de bom humor. Mas é exigente no trabalho. Ele tem mestrado em Ciências Aplicadas da Atividade Física pela Universidade de Córdoba, na Espanha. E procura basear seus trabalhos em métodos científicos. Mas sempre adaptado à realidade.
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– O que está nos livros é igual para todo mudo. O que diferencia é a interpretação e a aplicação do conhecimento – explicou.
Aos 33 anos, ele já tem bastante experiência. Como auxiliar de seu pai, Paulo Paixão, preparador físico da Seleção Brasileira, foi campeão mundial interclubes com o Inter, em 2006. Já foi preparador físico do Grêmio e, desde o Catarinense do ano passado, está na Chapecoense.
Em 2012, foi um dos responsáveis pelo acesso à Série B. Agora, quer ajudar o clube a conquistar a quinta estrela no uniforme. A Chapecoense é líder do Catarinense, com 15 pontos em seis jogos, dois a mais do que o Figueirense. No próximo domingo, enfrenta o Camboriú, fora de casa. E, se depender do trabalho de Anderson Paixão, vai ter gol no segundo tempo.
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