Previamente marcada, a comemoração em frente à Catedral Lages terminou antes da última badalada de domingo. Era a deixa para Antonio Ceron (PSD), prefeito eleito com 38,05% dos votos válidos, ir para casa descansar. Apesar do dia atribulado que encerrou um ciclo de 45 dias de campanha, Ceron acordou cedo na segunda-feira.
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– Reuni o pessoal da coordenação da campanha para dar encaminhamento à prestação de contar, fechar o comitê. Foi uma manhã tranquila, de contatos com lideranças, com alguns vereadores. Essas coisa de rotina, sabe? – descreveu durante uma conversa descontraída no início da tarde.
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Os próximos dias, conta o ex-deputado estadual, devem ser mais calmos. Uma pequena pausa, uma visita à Florianópolis e caminhadas ao lado da esposa Salete estão no roteiro de Ceron, que deve deixar Lages nesta quarta-feira. Apesar do corpo pedir um descanso, a cabeça do político segue frenética.
– Preciso fazer uma visita ou dar uma telefonada pro Elizeu (Mattos, atual prefeito) o quanto antes. Tentar definir uma maneira de fazer esta transição. Algo que também não atrapalhe a gestão dele, mas que ele possa nos passar alguns dados, algumas questões para que a gente já faça a montagem de governo – adianta.
Focado na governabilidade, Ceron garante que conseguirá unir política e técnica durante sua gestão, que começa oficialmente em 1º de janeiro de 2017. Confiante no relacionamento estável com os parlamentares da Câmara de Vereadores, o político ainda garante que a situação financeira da prefeitura não é uma preocupação.
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– A gente sabe, a grosso modo, como está a prefeitura de Lages, mas isso não assusta. Se assustasse, a gente não teria entrado na disputa. Temos uma meta objetiva, que é o respeito as pessoas e ao dinheiro publico – conclui.
“Queremos fazer uma gestão mais administrativa do que política”
O senhor já pensa no mandato em si? Em alguma composição para o secretariado?
A minha ideia é essa semana fazer uma pequena pausa, talvez ir a Florianópolis, sair para descansar com a minha mulher, dar uma caminhada. Ainda não está nada decidido. Preciso fazer uma visita ou dar uma telefonada para o atual prefeito. A ideia é que até o dia 1º de novembro a gente já consiga iniciar o processo de transição. Mas, pensar no restante, só lá pelo mês de dezembro mesmo.
E como deve ser essa conversa com o atual prefeito?
Pretendo falar o quanto antes com ele para, mais ou menos, definir de que maneira podemos fazer essa transição. Algo que ele possa cooperar e que não atrapalhe na gestão dele, né? Algo que ele possa nos passar alguns dados, algumas questões para fazer a montagem de governo. A montagem do governo e questões com a Câmara de Vereadores devemos ver mais pra frente também. Esse mês agora vamos deixar que cada um se recomponha no seu dia a dia.
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E a respeito dos recursos, que estão escassos, da crise que se vive atualmente. O senhor já pensa em como isso deve impactar na sua gestão?
A gente sabe qual é a situação econômica do país e dos Estados hoje. Não no detalhe, isso teremos que aguardar, mas a gente sabe a grosso modo como está tudo, inclusive na prefeitura de Lages, mas isso não nos assusta. Se nos assustasse, a gente não teria entrado na disputa. Temos uma meta objetiva, que é o respeito as pessoas e ao dinheiro publico. Queremos fazer uma gestão mais administrativa do que política.
O senhor já analisa ou estuda chamar apoio de outras chapas para compor o governo? Como pretende fazer essa gestão?
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A gestão precisa ser técnica, mas não se pode desvincular da política. É preciso ter governabilidade, ter apoio. Claro que na Câmara de Vereadores esse relacionamento é mais tranquilo. Porque, em via de regra, os projetos que vão para a câmara são de interesse da sociedade. Quanto a aprovação não há grandes problemas, você inclusive precisa de uma oposição que fiscalize teus atos.