Um ano e meio após o assassinato de Cristiane Huka, o ex-marido dela foi condenado por feminicídio. O crime bárbaro ocorreu na pequena cidade de Luiz Alves, no Vale do Itajaí. Everaldo de Souza golpeou a vítima várias vezes com uma faca e uma pedra até que ela morreu, conforme o inquérito policial. Tudo aconteceu na frente do filho do casal, na época com apenas 11 de idade.
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A Promotoria de Justiça sustentou que o homem cometeu o crime por motivo torpe, meio cruel, recurso que tornou impossível a defesa da vítima e pelo fato de a vítima ser mulher. Pesaram contra Everaldo também a violência doméstica, o menosprezo e a discriminação à condição de mulher, por ter descumprido uma medida protetiva, além de o feminicídio ter sido praticado na presença da criança.
O homem deixou o Fórum de Navegantes e foi levado direto para o presídio em Itajaí, onde vai cumprir a pena de 36 anos e nove meses de reclusão em regime fechado.

Um crime bárbaro
O casal viveu junto por 19 anos e teve dois filhos. Em março de 2023, após desentendimentos, a relação terminou. Quinze dias antes do crime, Cristiane Huka conseguiu uma medida protetivas, temendo o comportamento agressivo do ex-marido. O assassino sabia que estava proibido de se aproximar da mulher, mas isso não impediu o ataque bárbaro.
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Em 15 de abril do mesmo ano, por volta das 13h25min, Everaldo invadiu a residência da ex-esposa, no bairro Laranjeiras, e, depois de uma discussão, tirou a vida dela. Conforme a sentença, com base em depoimentos, o crime foi premeditado. Isso porque o homem esperou a saída da filha e do namorado para entrar na residência e colocar o plano em prática.
Motivado por ciúmes, o ex-marido golpeou a vítima com quatro facadas no pescoço, além de golpes na cabeça com uma pedra. Toda a violência foi presenciada pelo filho de 11 anos. Na tentativa de ajudar a mãe, o garoto foi empurrado pelo pai e fugiu do local em busca de socorro. O criminoso fugiu e mandou mensagem para um amigo tentando vender uma moto e o convidou para ir a uma festa.
Além das quase quatro décadas de cadeia, o homem perdeu o poder familiar em relação ao filho. Ele também terá de pagar uma indenização por danos morais no valor de R$ 100 mil.
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