Após fechar em R$ 3,86 na última sexta-feira, o dólar operou em baixa na manhã desta terça – o primeiro pregão pós-feriado de 7 de setembro. Por volta das 10h30, a moeda norte-americana registrava queda de 1,70% e era vendida a R$ 3,79. O maior valor foi de R$ 3,8192 às 16h10. Às 16h30 o dólar valia R$ 3,8174.

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Em São Paulo, a Bovespa operava em alta no início da manhã – quando o índice subia mais de 1%. Porém, às 15h15 o valor já havia caído, e a variação representava apenas 0,29% a 46.637 pontos.

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Nesta terça-feira, o Banco Central realizará a venda de até US$ 3 bilhões com compromisso de recompra e acompanhando os mercados externos. Além desse aspecto, o ambiente internacional influencia na queda do dólar.

Na Ásia, as bolsas chinesas registraram alta, mesma situação vista nos pregões europeus.

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A postura do Banco Central

Com a disparada do dólar, o Banco Central (BC) decidiu fazer maior intervenção no mercado de câmbio e vender nesta terça-feira até US$ 3 bilhões das reservas internacionais, com o compromisso de comprar novamente os dólares em novembro. Com isso, a instituição tenta conter a alta da moeda.

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Essa operação, chamada no mercado de leilão de linha, não era feita pelo BC desde março deste ano. Na ocasião, o órgão anunciou um leilão de rolagem (renovação de vendimento), mas, além da medida, vendeu US$ 200 milhões. A última vez que banco realizou um leilão de linha, sem rolagem, foi em dezembro de 2014, quando vendeu US$ 2 bilhões.

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Ao negociar por meio dos leilões de linha, o Banco Central retira dólares das reservas internacionais, mas apenas por um período. O dinheiro volta às reservas com a compra feita pelo BC na data estabelecida no leilão.

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Além disso, o banco tem usado outra ferramenta para intervir no mercado de câmbio: os swaps cambiais. Nesse caso, a intervenção não compromete as reservas internacionais. O banco oferta contratos de troca de rendimento no mercado futuro.

Apesar de serem em reais, as operações são atreladas à variação do dólar. No swap cambial, a autoridade monetária aposta em uma alta do dólar maior do que a taxa de depósito interbancário (DI), que é cobrada em transações entre bancos, e os investidores apostam no contrário.

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No fim dos contratos, ocorre uma troca de rendimentos (swap) entre as duas partes. Quando o dólar sobe, o BC tem prejuízo proporcional ao número de contratos em vigor. Quando a cotação cai, os investidores deixam de lucrar.

Nos meses em que a moeda norte-americana sobe, o Banco Central tem prejuízo com as operações de swap. Quando a cotação cai, o órgão tem lucro. Os resultados são transferidos para os juros da dívida pública, aliviando as contas quando os contratos de swap são favoráveis à autoridade monetária e precisando ser cobertos com as emissões de títulos públicos pelo Tesouro Nacional quando ocorrer o oposto. O banco tem feito leilões para rolagem de contratos de swaps cambiais.

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*Zero Hora com informações da Agência Brasil