Após a agressão a um pediatra no pátio da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Sul da Ilha, em Florianópolis, o Sindicato dos Médicos de Santa Catarina (Simesc) pede mais segurança aos profissionais. Nesta quinta-feira (16), o corpo clínico do município entregará um documento à prefeitura em uma reunião para formalizar o pedido por melhorias na segurança em postos de saúde e UPAs da capital.

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Em 5 de janeiro, o médico Cláudio Santos Pacheco, de 58 anos foi espancado com um pedaço de concreto quando chegava para trabalhar na UPA do bairro Rio Tavares. Ele sofreu diversos ferimentos na cabeça e na face. De acordo com a prefeitura, nesta quarta-feira (15), ele continuava internado no Hospital Baía Sul, onde deve passar por cirurgias para reconstrução da face.

A Polícia Civil acompanha o caso e prefere não informar detalhes sobre o trabalho para não comprometer as investigações.

De acordo com o presidente do Simesc Cyro Soncini, diariamente, a categoria está exposta a diversos riscos de violência.

— Embora a agressão tenha sido, por uma razão que não se sabe ainda, algo muito fora do comum, evidentemente, situações de agravo na segurança de quem trabalha, são frequentes não só nas unidades da prefeitura — afirmou.

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De acordo com Soncini, são comuns relatos dos profissionais sobre insegurança nos espaços de atendimento à população.

— Acreditamos que a vigilância, por exemplo, deveria ser com mais servidores. Geralmente, nas unidades de saúde, há um servidor contratado para vigilância que não tem condição de ver todos os ambientes. Não pode ficar dentro do ambiente de atendimento e, ao mesmo tempo, observar, na troca do plantão, quem está chegando ao estacionamento, se alguém está mexendo em algum carro — exemplificou.

Os médicos vão reivindicar ainda melhorias como instalação de câmeras de monitoramento e mais iluminação.

— Os médicos reclamam, muitas vezes, que não há isolamento entre a área de espera e a área de atendimento. Eles e os outros trabalhadores ficam muito vulneráveis, porque às vezes, o cidadão que chega para o atendimento está nervoso, com alguém da família com uma doença grave. Esse isolamento físico poderia melhorar — afirmou.

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A prefeitura de Florianópolis confirmou a realização da reunião no início da noite desta quinta na secretaria municipal de saúde, no bairro Trindade. Conforme a administração, na semana passada, os servidores da UPA Sul também apresentaram um documento com sugestões para melhorar a segurança do local. A implementação está sendo avaliada pela gestão do município.