Se na quinta-feira o Joinville viveu um dos seus episódios mais vexatórios de seus 41 anos (a greve dos atletas, que não treinaram por causa do atraso nos salários), na sexta-feira, o técnico Rogério Zimmermann e o superintendente de futebol, Carlos Kila, tentaram apaziguar o clima ruim. Com palavras calculadas, comandante e dirigente deram suas visões sobre o caso, que aconteceu às vésperas do jogo deste domingo, às 17 horas, contra o Inter de Lages, pela quarta rodada da Copa Santa Catarina.

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Rogério Zimmermann foi o primeiro a falar, em entrevista coletiva antes do treino na Arena. Na primeira pergunta, tentou se esquivar.

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– A situação que o pessoal está passando é anterior a mim. Foram acordos feitos antes da minha chegada. Não me envolvo, não estou nem a par. Infelizmente, não vou poder ajudar. Não vejo que isso vá prejudicar os trabalhos – afirmou.

Logo depois, Zimmermann avaliou a atitude dos atletas como algo positivo para o futuro do clube.

– Se este tipo de situação for para as coisas se resolverem, para o clube se tornar mais organizado em 2018, acho válido – apontou.

Zimmermann negou ainda ter sido atingido pelos problemas financeiros do JEC e disse acreditar que o cenário possa melhorar na próxima temporada.

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– Não vejo a situação de ontem (quinta) como algo ruim. A questão não é problema, é possibilidade de resolver. Até agora, o que eu vi me dá esperança. Esta situação não me atingiu, mas o que posso fazer para auxiliar é ajudar a contratar jogadores certos. Não errar ou errar pouco neste processo.

Comedido, Carlos Kila não quis tomar partido de nenhum dos lados, pois há argumentos compreensíveis nas duas partes.

– Isso já poderia ter estourado lá atrás, na Série C. Eu entendo os dois lados. Mas é uma situação difícil para os jogadores, que viveram isso o ano inteiro. Gerou um descrédito que ocasiona este tipo de reação.

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Parte do grupo entrará em férias na segunda-feira

O planejamento de observação dos principais jogadores do Joinville termina após o apito final da partida deste domingo. Depois do duelo, vários atletas receberão férias do clube para voltarem no começo de dezembro, quando iniciarão a pré-temporada.

Embora não revele quais atletas serão liberados, é certo que nomes como Matheus, Roberto, Kadu, Breno, Marlyson, Madson e Rafael Grampola ganharão o descanso. Outros, que têm contrato próximo do fim, sairão e não retornarão ao clube – provável situação do lateral Buiú e do zagueiro Henrique Mattos.

Quem tem acordo válido até o fim do Catarinense de 2018 deve continuar na cidade para jogar as rodadas finais da Copinha e ser observado em mais ocasiões – o meia Patrick, por exemplo, é um deles.

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O JEC terminará a primeira fase (e a disputa do título, se conseguir a classificação) com boa parte do time sub-20. O comando será feito por Julian Tobar, técnico dos juniores. Rogério Zimmermann não receberá férias, acompanhará os trabalhos normalmente, mas irá se concentrar na montagem do elenco para a próxima temporada.