Foi solucionado pela Polícia Civil nesta quinta-feira (1º) o caso do assassinato e falso sequestro do argentino Rafael Adalberto Mahia, de 33 anos, ocorrido três anos atrás no Rio Vermelho, no norte de Florianópolis. Exame de DNA realizado pelo Instituto Geral de Perícias confirmou a identidade da vítima.

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Conforme a investigação, no dia 1º de março, quando Rafael desapareceu, a esposa dele começou a ser extorquida. Ela passou a receber ligações e mensagens exigindo o pagamento de R$ 160 mil para que pudesse ver o marido de novo. A mulher informou o desaparecimento à polícia apenas no final de março, quando os contatos pararam. O caso movimentou a Divisão de Roubos e Antissequestro (Dras) da Deic.

De acordo com o titular da divisão, Anselmo Cruz, a investigação identificou que Rafael atuava intensamente no tráfico de drogas do norte da Ilha. Ele havia sido visto pela ultima vez junto com um homem conhecido apenas como Rasta.

Os restos mortais da vítima foram encontrados pela Polícia Civil em agosto do ano passado no terminal Lacustre. Rasta foi identificado como Luiz Horacio Castilhos e preso pela equipe da Dras em Porto Alegre no mesmo mês. Ele também é argentino, tem 42 anos e segundo o delegado Alsemo, analfabeto e sem qualquer documento no Brasil, apesar de viver no país há 25 anos.

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O outro envolvido na morte é Guilherme de Oliveira Dorneles, de 28 anos, preso em setembro em Florianópolis. Foi esclarecido pela investigação que os dois estavam sendo ameaçados por Rafael a pagar dívidas do tráfico de drogas.

Por causa dessas cobranças, após uma briga dentro do carro de Rafael, os dois sacaram a arma dele e o mataram com um tiro. Depois esconderam o corpo na estrada de acesso ao terminal lacustre, ainda no dia 1º de março de 2015. Ao longo da investigação, foi encontrado sangue da vítima no carro dele, que foi encontrado na Praia do Santinho.

E mesmo com Rafael morto, a dupla tentou extorquir dinheiro da esposa viúva.

Os dois foram indiciados pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e extorsão, e estão presos preventivamente aguardando o julgamento.

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