O governador de São Paulo, Márcio França (PSB), foi ao local onde ficava o prédio Wilton Paes de Almeida, no Largo do Paissandu, no Centro de São Paulo, que desabou em 1º de maio, e anunciou o fim das buscas dos bombeiros depois de 13 dias de trabalho.
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– A gente não tem a expectativa de mais nada, o máximo que a gente pode fazer do ponto de vista de profundidade é essa. O resto (dos corpos) não deve ter mais existência, deve ter sumido junto com toda a situação, porque é muito calor e o corpo desaparece praticamente, é comum nesse tipo de tragédia – afirmou, de acordo com reportagem do G1.
Ele e o secretário da Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa Filho, participaram, durante a manhã, de uma homenagem aos bombeiros que atuaram no combate ao incêndio da madrugada do dia 1º de maio e nas buscas por vítimas.
Nos 13 dias de buscas feitas pelos bombeiros, foram localizados os corpos de Ricardo Galvão, que estava sendo resgatado quando o prédio desabou, e do confeiteiro Francisco Lemos Dantas. A polícia também identificou o DNA de dois irmãos gêmeos de nove anos que estavam com a mãe no prédio durante o incêndio.
De acordo com o comandante do Corpo de Bombeiros Max Mena, ainda há quatro pessoas que não tiveram seus restos mortais encontrados ou identificados. Há material encontrado nos escombros que ainda está em análise pelo Instituto Médico Legal (IML) e pode ser de algum dos quatro mortos. São eles Selma Almeida da Silva (40 anos, mãe dos gêmeos), Eva Barbosa Lima (42 anos), Walmir Sousa Santos (47 anos) e Gentil de Souza Rocha (53 anos).
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– Nós só encerramos alguma operação quando temos total certeza de que nosso trabalho está acabado. Nós não encerraríamos o nosso trabalho se não encontrássemos o piso do segundo subsolo, e encontramos e chegamos ao limite da edificação, dali pra baixo não tem mais nada, dali para baixo é terra, não faz parte da edificação – explicou Mena à reportagem do G1.
Cerca de 1,7 mil bombeiros trabalharam nos escombros do edifício, se revezando em turnos de 12 horas. Profissionais do interior de São Paulo e alunos do curso de formação também participaram do trabalho.
As famílias que moravam no prédio seguem acampadas no Largo do Paissandu. O governador repetiu que elas têm direito a receber o aluguel social no valor de R$ 1,2 mil no primeiro mês e uma ajuda de custo nos meses seguintes.