Após ter ficado 11 dias preso em uma nevasca na Cordilheira dos Andes, entre a Argentina e o Chile, o caminhoneiro catarinense Ivonei Grolli conseguiu seguir viagem nesta quarta-feira (20). Segundo ele, ainda há muita neve na região, mas as estradas foram liberadas. 

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— Consegui sair. Tem muita neve ainda, mas o pessoal está se divertindo, esquiando e brincando na neve. Agora complica um pouco porque tem muito turista, daí tem bastante movimento [na estrada]. Anda, para, para, anda… — relata o caminhoneiro.

Ivonei está com o caminhão carregado de óleo de frango e conta que, com a liberação das pistas, seguirá para Santiago, no Chile, e só depois voltará para o Brasil. 

— Eu vou descer para o Chile, vou ver se descarrego [o caminhão] semana que vem, porque nessa semana, pelo visto, não sei se fazem alguma coisa ainda. Vou descarregar, carregar na semana que vem e tentar subir de novo e voltar — explica Ivonei. 

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De acordo com a Associação Brasileira de Transportadores Internacionais (ABTI), no geral, mais de 6 mil pessoas que trabalham no setor estavam presas na Cordilheira dos Andes por causa da forte nevasca. Deste total, 30% das pessoas eram brasileiras e as demais eram do Paraguai, Chile e Argentina. 

Parado pela neve

Nascido em Concórdia, Ivonei teve a viagem interrompida na tarde do último dia 9 de julho, na cidade de Las Cuevas, na Argentina. 

— Peguei a nevasca no sábado, às 14h, e no domingo, perto das 15h, foi a hora que eu consegui sair da nevasca, do caminhão e ir para o abrigo. Era o único jeito de não morrer congelado — disse o catarinense. 

Ele e outros caminhoneiros chegaram a ficar abrigados em uma base do Exército. Depois, Ivonei ficou próximo a Aduana Uspallata, onde teve de esperar que a neve cessasse para que ele pudesse seguir para o Chile. 

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