Apoio dos pais é importante. Mas ele deve ser discreto. Pelo menos essa é a opinião de Willian Vitor Dias, 12 anos, e Zadyzan Rosa, 16 anos, que há um mês realizaram uma peneira da escolinha do Grêmio, em Chapecó.

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– O apoio dos pais é importante, mas desde que não interfira no desempenho na hora do teste – lembra Zadyzan.

Célio, pai do goleiro Zadyzan procura ajudar o filho, dando apoio. Mas, na hora do treinamento, deixa tudo com os professores. Quando o filho foi fazer o teste na peneira do Grêmio, ele ficou tranquilo, só observando.

Zadyzan sentiu um pouco de nervosismo antes do teste.

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– Dá uma ansiedade, mas na hora do jogo passa – explica.

O aspirante a goleiro não chegou a ficar entre os escolhidos para fazer novo teste em Porto Alegre. Mas na hora em que terminou o jogo-teste, lá estava Célio com o seu o apoio.

– Eu sempre vou incentivar – disse Célio. Zadyzan não desanimou. Como foi seu primeiro teste, acredita que a experiência serviu para outras peneiras que pretende realizar.

A história de Willian é diferente. No último dia de testes ele calçou a chuteiras, olhou para a mãe que o acompanhava e pediu.

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– Mãe, não fala nada.

Willian tinha passado por duas avaliações anteriores e estava entre os 13 finalistas que concorriam para a segunda etapa de testes, em Porto Alegre.

O garoto tinha feito alguns testes no futsal, mas não tinha passado. Agora, estava a um passo de conseguir sua primeira aprovação. E conseguiu. Fora do campo, a mãe não escondia a ansiedade.

– Algo me dizia que ele seria escolhido – lembrou.

Fã de futebol e até praticante, Lenir Oselame teve que se conter para atender o pedido do filho de não falar nada. Mesmo assim, quando ele pegava a bola, gritava: – Vai, vai.

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Willian revelou quer a presença da mãe o ajudou a ter segurança. Ele começou a pensar que seria um dos escolhidos quando o técnico parou duas vezes as jogadas, conversou e deu a bola para ele cruzar.

– Fiquei feliz com isso – lembrou.

A mãe, de fora, ficou curiosa para saber o que estavam conversando. Ao final do teste, ela soube. Seu filho estava entre os sete escolhidos. No dia 17 de setembro ele viaja para Porto Alegre, para o teste final. A mãe vai junto. as já sabe a regra do filho. Pode torcer, mas sem atrapalhar.