Há 39 anos, surgia em Pirabeiraba, distrito da cidade de Joinville, em Santa Catarina, a Erzinger Indústria Mecânica, empresa especializada na fabricação de equipamentos e soluções para pintura. Hoje instalada em um parque fabril próprio com mais de 8 mil m² e que também abriga as áreas administrativa e de operações, a companhia é a maior fabricante nacional para sistemas de pré-tratamento de superfícies, pintura e secagem de tinta líquida e a pó eletrostático e KTL. Os segmentos metal-mecânico, moveleiro, eletro-eletrônico e agroindustrial estão entre seus principais clientes.
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Para entendermos melhor o que faz a Erzinger, cabe uma explicação prévia. Comecemos com o processo de pintura a pó, conhecida como eletrostática: Considerada uma das formas de pintura mais resistentes, utiliza cargas elétricas para a fixação da tinta. Seu uso é mais aplicado em superfícies metálicas e o processo é feito a partir de uma pistola com um compartimento para a tinta em pó e carregado eletricamente com cargas positivas ou negativas antes de ser pulverizado para fora. Quando a tinta entra em contato com a superfície, acontece uma atração entre as cargas opostas (positiva e negativa), o que faz com que a tinta se fixe. Já o processo de pintura KTL ou E-coat é feito por imersão da peça em tanques especiais que utilizam corrente elétrica para depositar a tinta. Além de muito eficiente, é considerado um processo ecológico, pois é feito à base de água, não tem metais pesados e também não há descarte de fluídos na natureza.
A esses dois principais processos de pintura soma-se um novo, financiado pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), que concedeu R$ 2,2 milhões para o desenvolvimento de um sistema contínuo para pintura de perfis de alumínio na posição vertical.
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O novo projeto busca uma melhor eficiência energética e também melhorar o aproveitamento térmico. A otimização de espaço físico também foi levada em conta, já que o sistema de pintura na vertical ocupa menos espaço no parque fabril. Os principais clientes dessa tecnologia são os fabricantes de perfis de alumínio e os prestadores de serviço na área de pintura industrial. De acordo com Alexsandre Pasold, supervisor financeiro da Erzinger, trata-se de uma inovação nacional, pois os produtos semelhantes oferecidos hoje no mercado brasileiro são todos importados. Uma oportunidade que se descortinou após a parceria com o BRDE.
– Foi muito importante essa parceria. Por meio do BRDE conseguimos captar recursos para investir em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos – diz Pasold.
Presente no Uruguai, Paraguai, Cuba, México, Dinamarca, Índia e China, a empresa pretende aumentar a presença no mercado internacional e, para isso, investiu R$ 1,8 milhões em recursos próprios no novo projeto. Disposição que foi levada em conta pelo banco de fomento na hora de analisar os usos e as fontes de recursos.
– Quando concedemos financiamento temos que verificar todos os usos (orçamentos dos investimentos) e as fontes de recursos, sejam elas do BRDE, dos sócios, de terceiros investidores ou até de outros bancos. O objetivo é visualizar previamente o contexto para dimensionar o valor do financiamento. Em alguns casos, financiar acima da necessidade pode onerar desnecessariamente a empresa. Assim como financiar abaixo da necessidade do cliente pode se tornar um problema, pois podem faltar recursos para concluir o projeto. Nesse último caso, se o cliente utilizar recursos mais onerosos ou do próprio caixa para complementar a necessidade do projeto, poderemos comprometer o desempenho futuro da empresa – explica Mark Boeving, gerente adjunto de Operações Industriais, Infraestrutura e MPE, do BRDE.
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Com o apoio do BRDE, setores como a indústria da transformação, área de atuação da Erzinger, se fortalecem, construindo uma rede virtuosa de desenvolvimento econômico para o estado de Santa Catarina.
Conteúdo patrocinado pelo BRDE e produzido pelo Estúdio de Projetos Especiais & Brands