Assim como ocorre em outros estados do Brasil, o domingo é de manifestações em apoio ao presidente Jair Bolsonaro em Santa Catarina. A maior parte dos atos ocorreu no período da tarde, mas municípios como Gaspar, no Vale do Itajaí, grupos se encontraram já no período da manhã. A previsão era de que moradores de pelo menos 39 cidades do Estado fizessem atos de apoio ao governo. Ao menos sete cidades concentraram grandes atos ao longo do domingo.

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Florianópolis

Apoiadores do governo Bolsonaro se encontraram no Centro
Apoiadores do governo Bolsonaro se encontraram no Centro (Foto: Emerson Souza / NSC)

Um ato de apoio ao presidente Jair Bolsonaro e a medidas do governo federal como a Reforma da Previdência e o pacote anticrime ocorre na tarde deste domingo, em frente à Catedral, no Centro de Florianópolis. Os manifestantes ocuparam a escadaria e a praça em frente à catedral a partir das 15h30min. Com camisetas amarelas da Seleção brasileira, os manifestantes agitavam balões amarelos e placas em favor do presidente Bolsonaro. Muitos foram enrolados em bandeiras do Brasil. Outras camisetas com dizeres "Reformas Já" também se destacavam em maior número.

Outros cartazes faziam menções às medidas do governo apoiadas pelos manifestantes, como a Reforma da Previdência, o pacote anticrime do ministro Sérgio Moro, além do fim do foro privilegiado. A vice-governadora de Santa Catarina, Daniela Reinehr, participou do ato entre os manifestantes.

Na capital, o ato foi convocado por três movimentos – Nas Ruas, Direita Santa Catarina e Conservadorismo Floripa. A organização decidiu no início do protesto que os manifestantes iriam percorrer ruas do Centro por cerca de uma hora. O trajeto definido em conjunto com a Polícia Militar começaria na catedral, seguiria até a praça dos bombeiros e retornaria pelas ruas Hermann Blumenau, Hercílio Luz até o terminal antigo do Centro. Vias principais como a Avenida Beira-Mar foram evitadas para não atrapalhar o trajeto do Ironman, que também ocorre neste domingo em Florianópolis.

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No entanto, às 17h30min, a PM e a organização informaram que a caminhada seria cancelada por causa do trânsito. Mesmo assim, um grande parte dos manifestantes que estavam na praça seguiram em caminhada pelas ruas Tenente Silveira e Esteves Júnior. Eles foram até o trapiche da Avenida Beira-Mar Norte, ponto final da manifestação, onde chegaram por volta das 18h30min.

Em outras cidades do país, minorias chegaram a apresentar cartazes com dizeres em favor do fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF). Medida que é inconstitucional, antidemocrática e ilegal. Em Florianópolis, a organização informou que orientou os manifestantes a não apresentarem essas pautas e focarem nas medidas do governo. Ainda assim, algumas faixas mencionavam dizeres como "repúdio ao STF" e defesa de uma "CPI Lava-Toga". Nos discursos, lideranças do movimento na capital alegaram que as críticas seriam aos ministros, e não à instituição STF.

Por 20 minutos, lideranças fizeram discursos de cima de dois caminhões de som estacionados em frente à Catedral. As falas tiveram críticas aos atos dos estudantes feitos no dia 15, a ministros do STF, à imprensa e ao chamado Centrão do Congresso Nacional.

Críticas nos discursos do caminhão de som

Às 16h20min, os manifestantes rezaram uma oração de Pai Nosso, cantaram o hino nacional e se prepararam para seguir para a caminhada – o que só ocorreu às 17h45min. Ainda na mobilização em frente à catedral, após um atraso na saída da caminhada por solicitação da Polícia Militar para não prejudicar o trânsito, os dois caminhões de som foram acionados ao mesmo tempo, em uma espécie de duelo, com a execução de músicas como a Canção do Exército e outras contra o PT, que ficaram conhecidas nos protestos em favor do impeachment de Dilma Rousseff.

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Por volta das 17 horas, a PM estimou que o ato reunia 5 mil pessoas e às 17h20 passou a informação de 9 mil manifestantes. Já os organizadores não confirmaram oficialmente o público estimado, mas chegaram a anunciar no sistema de som 30 mil participantes.

Caminhoneiros que passaram pela Rua dos Ilhéus, no Centro, buzinavam ao contornar a região da Praça XV, onde os manifestantes estavam mobilizados. A mobilização levou às ruas manifestantes como a empresária Marlene Vieira dos Santos. Ela classifica como um desejo de um país melhor o estímulo que a levou a empunhar uma bandeira do Brasil e participar do protesto deste domingo.

— A esperança de um país melhor, de uma Reforma da Previdência, que até agora todos os outros presidentes foram empurrando e agora alguém veio do nada e deseja fazer. Não é o Bolsonaro que quer mudança, é o povo, e o Bolsonaro nos representa — defendeu, após criticar os 16 anos de governo petista e defender um maior sentimento de patriotismo.

Para a servidora aposentada Nair Rosa, a motivação para ir às ruas na manifestação em favor do governo foi o desejo de defender a ideia do presidente, que segundo ela está acima de preferência partidária.

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— Esses pontos como a Reforma da Previdência são fundamentais. O país não pode ficar sendo visto como país de bandido, só com manchetes ruins. Temos que trabalhar para colocar o Brasil nas manchetes boas — afirmou.

Joinville

Joinville tem ato pró-Bolsonaro na Praça da Bandeira
Joinville tem ato pró-Bolsonaro na Praça da Bandeira (Foto: Gabriela Florêncio / NSC)

Munidos de bandeiras do Brasil e roupas nas cores verde e amarela, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro se concentram na praça da Bandeira, ao lado do terminal de ônibus do Centro da cidade, local que tradicionalmente recebe protestos. Dentre os principais assuntos abordados no ato, estão a reforma da previdência, pacote anticrime e diminuição dos Ministérios.

O ato foi organizado pelo Movimento Direita Joinville, e ainda contou com participação de outros movimentos da cidade. Diferente dos outros protestos, os manifestantes se mantiveram na praça durante todo o ato e não saíram em carreata. A Polícia Militar (PM) estima que 700 pessoas participaram do ato desta tarde, já os organizadores repassaram a estimativa de público chegando a quase 2 mil.

Blumenau

Prefeitura foi o ponto de encontro dos apoiadores de Bolsonaro em Blumenau
Prefeitura foi o ponto de encontro dos apoiadores de Bolsonaro em Blumenau (Foto: Fabiano Correia, NSC TV)

O ponto escolhido pelos blumenauenses para começar o ato em favor do presidente Jair Bolsonaro foi a Prefeitura da cidade. Assim como em outras cidades, eles vestem predominantemente verde e amarelo. Segundo a organização, cerca de cinco mil pessoas participaram do ato. Já a PM não divulgou estimativa de público.

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Os manifestantes usavam faixas e cartazes em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) e pedem a aprovação da reforma da previdência, a “Lava Toga” no STF e a reforma tributária. Próximo das 17h, os manifestantes decidiram por descer em passeata a Rua XV de Novembro.

Balneário Camboriú

A praça Almirante Tamandaré, localizada na Avenida Atlântica, em Balneário Camboriú foi o ponto escolhido pelos organizadores da manifestação pró-Bolsonaro para o ato deste domingo. A avenida foi fechada pelos participantes. A Polícia Militar não divulgou a quantidade de público. Segundo a Secretaria de Segurança de Balneário Camboriú, o protesto reuniu 5 mil pessoas.

Na região, houve protesto também em Itajaí, onde manifestantes ocuparam parte da Avenida Beira-Rio. A estimativa é que o protesto tenha reunido cerca de mil pessoas.

Chapecó

Em Chapecó, concentração ocorreu na praça Coronel Bertaso
Em Chapecó, concentração ocorreu na praça Coronel Bertaso (Foto: Lucas Liston / NSC)

Apoiadores de Bolsonaro se encontraram na praça Coronel Bertaso e depois fez uma caminhada pela avenida Getúlio Vargas, na região central da cidade. A organização fala em 1,2 mil participantes, enquanto a Polícia Militar informou um total de 350 pessoas. Entre as pautas listadas pelos manifestantes como prioritárias estão o Pacote Anticrime, a Reforma da Previdência, a votação nominal da MP 870 e a Lava Toga

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Criciúma

Criciúma
Apoiadores do presidente se encontraram ao lado do Parque das Nações (Foto: Lariane Cagnini / NSC)

O ato de apoio ao governo Bolsonaro começou às 16h em Criciúma. O ponto de encontro foi a Rua da Gente, ao lado do Parque das Nações, local geralmente fechado para atividades recreativas aos finais de semana. Os participantes fizeram uma caminhada até o Terminal Central, um percurso de cerca de 2,5 quilômetros. A Polícia Militar não divulgou estimativa de público. A organização calculou em 3 mil o número de manifestantes presentes no ato.