O aplicativo de relacionamentos Tinder, que estourou no ano passado, enfrenta um processo por assédio sexual. A autora é a ex-vice-presidente e cofundadora da empresa, Whitney Wolfe, que acusa os colegas de empreitada de “assédio atroz e discriminação sexual”. As informações são do jornal The Guardian.
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O processo foca principalmente no chefe de marketing Justin Mateen com quem Whitney teve um relacionamento turbulento. Segundo o documento, Mateen passou a ter um comportamento abusivo e intimidador depois da separação do casal, incluindo uma grande quantidade de mensagens de texto, e-mails e comentários “terrivelmente machistas, racistas, e inapropriados“, diz ela.
Whitney acredita ter sido retirada do seu cargo de cofundadora porque “Facebook e Snapchat não têm garotas fundadoras e isso fazia com que o Tinder parecesse um acidente” e crítica a cultura da empresa por, segundo ela, “representar o pior do misógino esteriótipo de macho-alfa frequentemente associado às startups de tecnologia”.
As empresas Match.com e IAC, proprietárias do Tinder, também foram inclusas no processo. A IAC suspendeu Justin Mateen enquanto a companhia investiga as alegações.
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– Através desse processo, tornou-se claro que o Sr. Mateen enviou mensagens privadas para a Sra. Wolfe contendo conteúdo impróprio. Nós condenamos inequivocamente essas mensagens, mas acreditamos que as alegações da Sra. Wolfe com relação ao Tinder e sua gestão são infundadas – informou a IAC ao The Guardian.
Whitney esteve envolvida na produção do Tinder desde o começo e alega ter desempenhado um papel fundamental no sucesso do aplicativo, incluindo a escolha de seu nome. O casal se separou no final de 2013 e Whitney deixou a empresa em abril deste ano.