O prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt, assinou um decreto que estabelece regras de isolamento e monitoramento a pessoas diagnosticadas com o novo coronavírus ou com a suspeita da doença. A partir de agora, o acompanhamento a casos confirmados ou em investigação será mais rigoroso, com uso de aplicativo, telefonemas e visitas relâmpagos. Moradores que descumprirem as determinações podem ser responsabilizados.

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Conforme o documento firmado no último dia 28, mas publicado no Diário Oficial dos Municípios nesta segunda-feira (4), o paciente que é submetido ao teste, seja rápido ou não, assina um termo em que se compromete a permanecer isolado em casa, utilizando um aplicativo de monitoramento.

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Devem cumprir essa determinação também quem atestou negativo para a doença, mas recebeu ordens médicas de isolamento. A notificação compulsória à Secretaria Municipal de Promoção da Saúde (Semus) deverá ocorrer até o fim da situação de emergência decretada em Blumenau devido à pandemia.

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O acompanhamento termina 14 dias após os sintomas ou quando o resultado negativo chega e não há indicação médica para continuação do isolamento. O descumprimento será informado à "autoridade policial, vigilância epidemiológica estadual e Ministério Público", diz o texto. O documento não especifica a sanção que o morador pode sofrer, mas especialistas apontam a existência de crime contra a saúde pública. A pena é de um mês a um ano, além de multa.

— Se você conhece alguém que tem coronavírus e está descumprindo a quarentena, por favor, denuncie — pediu o prefeito.

Monitoramento por aplicativo e telefonemas

A ferramenta é o aplicativo Pronto da prefeitura. Estabelecimentos de saúde, farmácias e os laboratórios de análises clínicas que estão oferecendo os testes de Covid-19 devem baixar e preencher o formulário a cada exame feito. O local informará dados pessoais do paciente e se ele possui condições (internet, celular ou computador) de acessar o Pronto de casa.

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Se sim, a Semus, enviará uma mensagem para o número cadastrado com o link do Pronto Mobile. Através do aplicativo o morador responderá a mensagens a cada duas horas para informar como está se sentindo e a evolução do tratamento. O dispositivo acusará se as respostas forem enviadas de um local diferente. Além disso, caso o monitorado demore mais de 15 minutos para informar a situação dele, a tecnologia apontará uma pendência.

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Ao notar o problema, a equipe da Saúde ligará para o telefone fixo do cadastrado. Se não houver sucesso nessa última tentativa, representantes da Semus ou Defesa Civil poderão ir, sem aviso prévio, à residência da pessoa. Quem não puder baixar o Pronto Mobile será acompanhado através de ligações telefônicas e visitação dos servidores.

— O contato que faremos é também para entender como está o estado da pessoa e intervir rapidamente se agravar — explicou o secretário de Saúde, Winnetou Krambeck.

O método descrito no decreto já tem sido aplicado pelo município. Porém, depende da chegada de novas equipes para ampliar as ligações e visitações. Nesta semana, segundo a assessoria da Semus, questões sobre as contratações devem dar um novo passo. Krambeck já havia informado que o número de trabalhadores pode aumentar com o tempo, a depender da quantidade de casos monitorados.

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