Usar um celular com câmera para apontar sinais e manchas que podem ser consideradas câncer de pele já não está mais tão distante da realidade. Graças a um aplicativo para celular desenvolvido na disciplina de Processamento de Imagens, no curso de Ciência da Computação da Furb, em Blumenau, já é possível fazer o diagnóstico preliminar em três etapas e em poucos minutos.
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O trabalho, que levou cerca de um ano para ficar pronto, está na fase de ajustes finais. A intenção é disponibilizar, em breve, o aplicativo para a população através de uma loja de aplicativos e do Projeto Pronto, parceria entre Furb e prefeitura que busca agilizar atendimento na rede pública de saúde.
As aulas que demonstravam como aplicar as técnicas ensinadas pelo professor Aurélio Hoppe despertaram o interesse do acadêmico Thiago Pradi para o desenvolvimento de um aplicativo como trabalho de conclusão de curso.
Segundo o professor Hoppe, após algumas trocas de ideais e pesquisas com o acadêmico, constatou-se que não existiam trabalhos que faziam o diagnóstico de câncer de pele a partir de dispositivos móveis. Desde então, Pradi começou a desenvolver o aplicativo:
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– Existem aplicativos semelhantes, porém eles não efetuam toda a análise das lesões no celular. Então, resolvemos criar uma solução que não precisasse de conexão com a internet ou com recursos externos para fazer o diagnóstico e que fosse barato.
O aluno de 24 anos, que irá se formar este mês e que há dois anos possui uma empresa de consultoria para desenvolvimento de software em Jaraguá do Sul, não queria apenas desenvolver um projeto que ficasse guardado e que fosse usado apenas para a conclusão da faculdade.
– Estava preocupado em fazer algo que pudesse ser útil. Sempre gostei de desenvolver aplicativos, mas ao longo deste um ano de trabalho também conquistei conhecimento em dermatologia, especialidade que tive que estudar e contei com a ajuda de um dermatologista – revela Pradi.
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Professor do Departamento de Sistemas e Computação da Furb que desenvolveu o Projeto Pronto, Mauro Marcelo Mattos informa que assim que estiver finalizado o aplicativo integrará o Projeto Pronto para agilizar o atendimento.
Diagnóstico preliminar ocorre em poucos minutos
De fácil uso, o aplicativo funciona, por enquanto, em iPhone, mas pode ser adaptado a outras plataformas.
O usuário do aplicativo precisa fazer apenas três ações: cadastrar a mancha – com a finalidade de criar um histórico de lesões -; tirar uma foto do sinal; e pressionar o botão de diagnóstico. Pronto. Em alguns segundo o aplicativo mostra na tela o possível resultado.
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O aplicativo foi testado em dezenas de imagens, entre melanomas e não melanomas, e obteve uma taxa de 93% de acerto, em comparação com a análise feita por um especialista, explica Hoppe:
– O objetivo não é substituir o diagnóstico de um dermatologista. O aplicativo é para ser usado para triagem e auxílio. A confirmação do resultado deve vir de um especialista.
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