Aplaudida pelo público presente, a presidente Dilma Rousseff assumiu a tribuna pouco após a fala do colega americana, Barack Obama. Desde o início do seu discurso, a presidente brasileira lembrou a importância de Mandela no combate ao apartheid, salientando que a atitude e o pensamento dele são referências para todos.

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Discursando em português, com o auxílio de um tradutor, assim como os demais presidentes, Dilma salientou que o maior líder sul-africano produziu é um ícone da liberdade, da justiça e da paz no mundo.

– Orgulhosos do sangue africano que corre em nossas veias, o governo e o povo brasileiro se inclinam, frente a importância de Mandela. Deixamos nosso profundo sentimento de dor e pesar pela sua morte.

A presidente falou, também, sobre a relação dos africanos com o Brasil, que foi destino de escravos cativos séculos a fio. A influência da cultura africana, e sua ascendência sobre os povos latino-americanos, também foi lembrada por Dilma, que representou a América do Sul na tribuna.

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– Viva mandela, para sempre! – bradou a presidente ao final do discurso.

Antes da brasileira, em frente a dezenas de milhares de sul-africanos, o presidente americano Barack Obama falou longamente sobre a importância dos pensamentos e das ações de Mandela.

Ele comparou Mandela a Gandhi, que com um movimento de resistência também lutou contra discriminação e subjugação do seu povo na Índia, Obama lembrou que Mandela suportou uma prisão brutal que durou da época de Kennedy e Kruschev, na década de 1960, até o final da guerra fria, no início dos anos 1990.

>> Assista à cerimônia ao vivo no Soccer City:

Obama foi antecedido pela diretora da Comissão da União Africana, Nkosazana Dlamini Zuma, fez o discurso que antecede o pronunciamento do presidente americano Barack Obama. Após lembrar a trajetória de Mandela, Zuma finalizou a sua participação afirmando que todos sentirão a falta dele:

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– Claro que sentiremos a sua falta, mas sabemos que estará olhando por nós. Deus abençoe a África.

Dezenas de milhares de sul-africanos de todas as raças e vários chefes de Estado e de Governo se despedem nesta terça-feira, em uma cerimônia com cantos e dança, de Nelson Mandela, o homem que venceu o apartheid com uma mensagem de reconciliação.