Investigado por suspeita de participação em fraude, o secretário executivo do Ministério do Trabalho, Paulo Pinto, ligado ao PDT, prestou depoimento à Polícia Federal nesta segunda-feira. No início da noite, apesar da pressão, ele foi garantido no cargo.
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Pela manhã, o órgão desencadeou a Operação Esopo, que prendeu 22 pessoas no Distrito Federal e 11 Estados por suposto envolvimento no esquema, que teria desviado mais de R$ 400 milhões nos últimos cinco anos.
Foi a segunda operação policial envolvendo a pasta em menos de uma semana. Dessa vez, uma das suspeitas é a retirada de nome do cadastro de devedores, para continuar recebendo verba pública.
Durante a operação, foram apreendidos cerca de R$ 500 mil em dinheiro, carros de luxo, um helicóptero. Também foram recolhidos muitos documentos.
– Tudo fruto do dinheiro fácil, que deveria necessariamente atender à população carente – disse o delegado Marcelo Freitas.
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Os suspeitos devem ser indiciados por peculato, falsidade ideológica, formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.
Em nota, o ministério informou ter exonerado dois funcionários investigados – Paulo Pinto, que negou envolvimento, foi mantido – e suspendido os convênios sob suspeita.
A permanência do secretário-executivo do MTE se deu, principalmente, por pressões do PDT – que comanda a pasta. Apesar disso, politicamente a situação dele continua sendo bastante delicada.
Paulo Pinto, que foi conduzido pela polícia para prestar depoimento pela manhã sobre irregularidades em convênios do ministério, ocupa o cargo “número 2” do MTE. Acima dele, só o titular da pasta, Manoel Dias, que também é do PDT, mas não foi afetado pelo escândalo.
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