Se a Alemanha avançou às quartas de final da Copa do Mundo e, agora, terá um confronto de campões com a França, a Argélia ainda sonha. Apesar de frustrados com a derrota na prorrogação para os alemães, no Beira-Rio, os africanos se tornaram heróis em seu país. A Argélia jamais havia ido tão longe em uma Copa e a eliminação por placar mínimo contra um dos favoritos ao título fez com que os argelinos saíssem de campo consagrados.
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– Estamos um pouco decepcionados, sim, pois tínhamos esperanças em vencer a Alemanha e, durante o jogo, achamos que isto realmente seria possível. Mas, aqui, escrevemos a história do futebol argelino e mostramos que somos capazes de jogar em altíssimo nível – disse o goleiro do CSKA Sofia, Rasi M?Bolhi, eleito o craque do jogo pela Fifa.
M’Bolhi, em nome da seleção argelina, mereceu elogios do técnico alemão Joachim Löw:
– Ele fez um trabalho incrível, bem como toda a equipe da Argélia.
O zagueiro Madjid Bouguerra entende que essa nova Argélia poderá seguir mostrando a sua força na Copa Africana de Nações, no ano que vem, no Marrocos.
– Quase conseguimos a proeza de eliminar a Alemanha. Demos trabalho a eles durante toda a partida – afirmou o defensor.
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– Ficamos frustrados quando anularam o gol (de Slimani, no primeiro tempo, por impedimento), mas conseguimos mostrar nossa força. Foi um dia incrível. Temos um ótima geração de jogadores e estamos orgulhosos da Copa que fizemos – acrescentou Bouguerra.
Vahid Halilhozic, o treinador bósnio que queria vingar a Argélia pela Copa de 1982 – quando os argelinos derrotaram a Alemanha, na fase de grupos, mas acabaram eliminados na duvidosa vitória alemã por 1 a 0 sobre a Áustria, resultado que classificou estas duas seleções – deixou o gramado do Beira-Rio aos prantos e ovacionado pela torcida. Está deixando a seleção. Comandará um clube na Turquia.
Halilhozic também não surgiu para a entrevista coletiva. Andava irritado com a imprensa da Argélia e não quis brigar uma vez mais. Deixa Porto Alegre e entra para a história do futebol africano. Afinal, mesmo que não tenha se classificado às quartas de final da Copa do Mundo, o ex-atacante da Iugoslávia, que sobreviveu à guerra civil, deu à Argélia o direito de sonhar. Sai como herói.
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Confira as imagens do jogo:
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