O atletismo brasileiro vive um dos piores momentos da sua história, mas o vice-presidente da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), Warlindo Carneiro da Silva Filho, prefere manter o otimismo, com meta ambiciosa de “3 a 4 medalhas” no Mundial de Pequim, que começa neste sábado.
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“Acreditamos que o Brasil terá seu melhor resultado dos últimos tempos. Este é o nosso pensamento, nossa vontade, e acreditamos que isso pode ser verdade”, disse o dirigente à AFP nesta quinta-feira.
Este otimismo destoa com os resultados nada animadores obtidos nos últimos anos.
Desde Daegu-2011, coroado pela primeira e única medalha de ouro do país num Mundial, com Fabiana Murer, no salto com vara, nenhuma atleta brasileiro subiu ao pódio num evento de primeiro nível.
O Brasil ficou de mãos abanando nos Jogos Olímpicos de Londres-2012 e no Mundial de Moscou-2013.
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Até nos Jogos Pan-Americanos, onde o nível é bem inferior, o Brasil conquistou apenas uma medalha de ouro no mês passado, em Toronto, com Juliana dos Santos, nos 5.000 m, para um total de 13 pódios, dez a menos que em Guadalajara-2011.
“Não teremos os melhores resultados da história, mas sim dos últimos quatro ou cinco campeonatos. Acho que vamos trabalhar bem em Pequim, e que teremos resultados que nos deixarão esperançosos”, acrescentou Warlindo Carneiro da Silva Filho.
Esperança no salto com vara
“Acho que em Pequim podemos conseguir três a quatro medalhas, de ouro, prata ou bronze. Acho que quem tem mais chance são os saltadores com vara, os revezamentos, e provas como salto em distância ou lançamento de dardo”, resumiu o dirigente.
No salto com vara, além de Murer, dona da quarto melhor marca do ano (4,80 m), outra aposta é o jovem Thiago Braz, de apenas 21 anos.
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No revezamento 4×100 m feminino, a equipe brasileira tentará deixar para trás a desilusão de Moscou-2013, quando deixou cair o bastão enquanto lutava por medalha.
A tarefa, no entanto, promete ser complicada, já que o Brasil não conta com sua principal integrante, Ana Cláudia Lemos, que se lesionou no Pan.
A delegação brasileira terá 48 atletas na China, com a esperança de evitar repetir o vexame das edições de 1993, 2001, 2005 e 2013, as únicas em que ficou sem medalha.
O primeiro atleta do país a subir no pódio em Mundiais foi Joaquim Cruz, que conquistou o bronze na primeira vez em que o evento foi realizado, em Helsinque-1983.
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No total, foram dez medalhas: quatro bronzes, cinco pratas, e o ouro de Fabiana em Daegu.
* AFP