Porta de entrada para quem chega de ônibus às cidades do Litoral, os terminais rodoviários estão longe de representar um retrato fiel dos atrativos que esperam os turistas.
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O Sol Diário testou as seis rodoviárias que servem aos nove municípios da região e descobriu que, na maioria delas, faltam serviços e comodidades para os passageiros. Se não chega a impedir o turismo, a situação passa a imagem de descuido com a principal atividade econômica do Litoral.
– Uma boa rodoviária é sinal de investimento da prefeitura na boa chegada do turista. O terminal é um bom ponto de apoio – avalia Doris van de Meene Ruschmann, coordenadora do mestrado em Turismo e Hotelaria da Univali.
Dois dos terminais – Balneário Piçarras e Penha – foram improvisados por agências de passagens, que se obrigaram a suprir a demanda dos municípios. Em ambos os casos, as estruturas são a única opção também para quem visita municípios vizinhos. Piçarras serve como porta de entrada para Penha, e Porto Belo, para a imensidão de turistas que procuram Bombinhas.
Em outros locais é a falta de manutenção o principal problema – caso de Itapema e Navegantes. Na primeira, embora exista um terminal bem estruturado, há sinais de desgaste principalmente no andar superior, que sofre com o abandono.
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Em Navegantes a situação é ainda pior: num terminal parcialmente coberto, os passageiros convivem com paredes rabiscadas e a falta de estrutura dos únicos dois banheiros, que nem a presença constante de funcionários da prefeitura é capaz de manter em condições de uso.
– Não tem conforto nenhum, a situação é muito precária. Recebemos reclamações diariamente – diz Osnildo Nascimento Filho, dono de uma agência de passagens na rodoviária.
A cobrança de valor irrisório como taxa de embarque ou a gratuidade do serviço estão entre as explicações para a dificuldade de manutenção dos terminais. De fato, os melhores serviços estão nas cidades onde a taxa é mais cara, caso de Itajaí e Balneário Camboriú.
– A taxa de embarque é única receita direta que existe numa rodoviária e com ela são pagos funcionários e investimentos. A melhoria do aspecto e dos serviços valoriza a população local e os turistas. Para quem vem de ônibus é a primeira impressão da cidade – diz Cesar Lahmann, supervisor do terminal de Balneário.
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