O presidente da Assembleia, Joares Ponticelli (PP), confirmou, nesta terça-feira, a realização da CPI da Casa Rosa com a participação de apenas três partidos: PMDB, PT e PSOL. Embasou sua posição em um parecer da procuradoria da Casa, em resposta a um questionamento dos peemedebistas, e disse que poderia ser incoerente e anti-democrático ao obrigar a participação das bancadas que oficializaram que não participariam.
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Farão parte da comissão os deputados Edson Andrino (PMDB), Mauro de Nadal (PMDB), Jailson Lima (PT), Volnei Morastoni (PT) e Amauri Soares (PSOL).
Havia uma dúvida sobre qual partido ficaria com a quinta vaga, entre PMDB e PT, mas o líder da bancada peemedebista, Moacir Sopelsa, abriu mão da indicação, abrindo espaço para a indicação de Morastoni.
Os cinco serão os responsáveis por investigar se houve alguma irregularidade por parte do Ministério Público na compra de um terreno e de um prédio em construção por R$ 123 milhões com dispensa de licitação. Os trabalhos podem começar já na quinta-feira, mas a efetiva criação ainda depende de dois encaminhamentos formais.
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Apesar de já terem indicado os nomes em plenário, PMDB e PT precisam formalizar as indicações em ofícios. O deputado Jailson Lima (PT), autor do requerimento, também deve renunciar ao seu cargo na mesa diretora, de quarto secretário – vaga que deve ser preenchida em nova eleição, conforme o regimento.
Com isso, a efetiva criação da CPI deve ocorrer nesta quarta-feira. Após a data, os parlamentares estão liberados para iniciar os trabalhos.
A primeira sessão deve ser convocada pelo parlamentar mais velho, o deputado Edson Andrino. Nesse primeiro dia, serão definidos os nomes dos principais cargos dentro da comissão.
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Pelo tamanho das bancadas, a presidência da CPI deve ficar com o deputado Mauro de Nadal e a relatoria com o deputado Jailson Lima, que trabalhou para ficar com essa vaga. De Nadal, no entanto, pode abrir mão do cargo para outro parlamentar, o que tornaria Amauri Soares o mais cotado para assumir, para evitar que os dois fiquem com o comando do mesmo partido.