Com pouco mais de duas semanas de Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe, apenas 16% da população-alvo foi vacinada em Florianópolis. Os dados são da Secretaria Municipal de Saúde do dia 23 de abril, início da campanha, até 4 de maio. A meta é imunizar 101.451 pessoas até o dia 1º de junho.
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Ana Cristina Vidor, gerente da Vigilância Epidemiológica municipal, afirma que a baixa procura é preocupante e a cada ano o número de pessoas imunizadas diminui. Em comparação com o mesmo período do ano passado, o índice chegava a 35%. A maior preocupação é com relação às crianças de até cinco anos, que não atingiu nem 8% da meta, e as gestantes, que também registra baixa cobertura. O grupo que mais aderiu à campanha é dos idosos, com 25% já vacinados. Segundo Ana, diversos fatores interferem na procura.
— A cobertura está baixa no estado inteiro. A vacina vem perdendo sua valorização a cada ano e acreditamos que seja na questão de confiança. Com relação às crianças, na prática vemos que os pais têm problemas de convencer o filho a tomar a vacina. Já as gestantes, talvez por desconhecimento, não se imunizam, mesmo com ampla divulgação.
Esse ano, a greve dos servidores municipais, que dura quase um mês, agravou ainda mais a situação. No entanto, de acordo com Ana, mais da metade dos postos de saúde oferecem o serviço de vacina para a comunidade.
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— É importante a população se vacinar, pois o vírus já está circulando no estado. A vacina está disponível em Florianópolis e temos metade das unidades de saúde abertas, então não tem porque não ir. Não deixem para a última hora.
Baixa adesão em SC
A procura pela vacina está abaixo do esperado não só na Capital, mas em todo o estado. Segundo a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC) apenas 28% do grupo prioritário já tomou a vacina em Santa Catarina.
— Ainda há uma procura muito tímida da população. O vírus da influenza já circula fortemente no estado, e a população mais vulnerável precisa se proteger o quanto antes — alerta a gerente de Vigilância de Doenças Imunopreveníveis e Imunização (Gevim) da Dive, Vanessa Vieira da Silva.
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Este ano, já foram confirmadas quatro mortes pelo vírus Influenza em Santa Catarina. Duas foram em Florianópolis (H3N2), uma em São José (H1N1) e, nesta semana, foi confirmada a quarta morte em Jaraguá do Sul, no Norte do estado, pelo vírus A (H1N1).
Dia D de mobilização
No próximo sábado, dia 12, acontece o Dia D de mobilização nacional. Em Florianópolis, mesmo se a greve dos servidores continuar, a intenção da prefeitura é abrir todos os 49 postos de saúde, das 8h às 17h, sem fechar ao meio-dia, para a vacinação. A campanha termina em 1º de junho.
Postos com atendimento de vacina em Floripa
Das 49 unidades de saúde de Florianópolis, 27 disponibilizam o serviço de vacina. Mesmo assim, a orientação da Secretaria de Saúde é para que o usuário entre em contato com a unidade antes de ir até lá. Em função da greve o atendimento do posto pode ser alterado a qualquer momento.
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Os postos que oferecem vacina nesta quarta-feira são: Agronômica, Centro, Córrego Grande, Itacorubi, João Paulo, Monte Serrat, Saco dos Limões, Abraão, Balneário, Capoeiras, Monte Cristo, Sapé, Vila Aparecida, Barra da Lagoa, Ingleses, Jurerê, Ponta das Canas, Ratones, Rio Vermelho, Saco Grande, Vargem Pequena, Campeche, Carianos, Costeira do Pirajubaé, Pântano do Sul, Rio Tavares e Tapera.
Grupos prioritários para vacinação
– Professores do ensino infantil, fundamental e médio de escolas públicas e privadas e do ensino superior público e privado;
– Indivíduos com 60 anos ou mais;
– Crianças entre 6 meses e 5 anos;
– Gestantes;
– Puérperas – até 45 dias após o parto;
– Trabalhadores da saúde;
– Povos indígenas;
– Grupos portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais;
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– Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas;
– População privada de liberdade;
– Funcionários do sistema prisional.