A Arena da Baixa foi palco de um futebol triste e apático dramatizado pelo Criciúma neste domingo. Sem presença de torcedores – o clube paranaense ainda cumpre punição por briga da torcida em Joinville no ano passado – o silencio sem graça do concreto cinza e frio parecia ter contagiado os jogadores e os dois times se postaram de forma covarde no primeiro tempo e poucas chances criaram.
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No segundo tempo, o Atlético-PR acordou. O Criciúma não. Aos 15 minutos da etapa complementar o clube paranaense vencia por 2 a 0 e o Tigre nem uma conclusão a gol havia feito. O time catarinense tentou reagir, mas não conseguiu criar boas chances, com exceção de uma cobrança de falta de Paulo Baier. Na próxima rodada, o time catarinense volta para casa, para o calor do Heriberto Hülse e recebe o Vitória no sábado.
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Primeiro tempo triste
Ufa! Acabou o primeiro tempo. E talvez o torcedor tenha acordado de um pesadelo no sofá de casa para beber algo, ir ao banheiro e fazer algo diferente do que ser absorvido pela tristeza que foi o primeiro tempo da partida. Foram sete chutes a gol – quatro pelo Atlético-PR e três pelo Criciúma – e nenhum que levasse real perigo ao adversário.
A geladeira de concreto que era a Arena da Baixada muda sem a presença de torcedores protagonizou um futebol apático e sem graça. Do lado do Criciúma o único destaque foi Bruno Cortez pelo lado esquerdo que conseguiu criar algumas ações ofensivas e se postou bem na defesa. O árbitro da partida não teve coragem nem de dar minutos extras. Primeiro tempo sem torcida, sem acréscimos e sem futebol.
-Para nós, está bom o resultado. Mas podemos criar mais, jogo está parelho – avaliou Paulo Baier na saída para o vestiário.
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É Paulo Baier, o jogo mudou
Os jogadores do Atlético-PR conseguiram se livrar da apatia e voltaram ligados no segundo tempo. Com oito minutos, Marcelo completa livre, de cabeça, direto para o fundo das redes. Os donos da casa abriam o placar em um falha clara de marcação do lateral direito Maicon Silva.
Cinco minutos depois, em outra jogada pelo lado direito, Sueliton (ex-Criciúma), cruza na cabeça de Douglas Coutinho. O jogador obriga Bruno a fazer grande defesa, mas ninguém cobriu o rebote. Coutinho aproveita e manda para o gol. Em 15 minutos, o jogo mudou completamente.
Mudanças não ajudam o Tigre
Assim que tomou o segundo gol, o treinador Wagner Lopes promoveu a primeira alteração no Criciúma. Saiu Rodrigo Souza e entrou Michael. Em seguida, saíram Silvinho e Paulo Baier para dar lugar a Maurinho e Rafael Costa. Antes, Baier havia acertado uma cobrança de falta na trave.
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Mas as mudanças não surtiram efeito e o Criciúma não melhorou. Com vantagem no placar, o Atlético-PR administrou a vantagem e não deu chances de gol ao Tigre . Depois de um primeiro tempo sonolento, apenas os donos da casa acordaram na etapa final.
Ficha Técnica
ATLÉTICO-PR (2)
Weverton; Sueliton, Cleberson, Léo Pereira, Natanael; Deivid, Otávio, Marcos Guilherme, Marcelo (Cleo); Douglas Coutinho (Mosquito), Éderson (João Paulo)
Técnico: Doriva
CRICIÚMA (0)
Bruno; Maicon Silva, Fábio Ferreira, Ronaldo Alves, Bruno Cortez; Serginho, João Vitor, Rodrigo Souza (Michael), Paulo Baier (Rafael Costa); Silvinho (Maurinho), Bruno Lopes
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Técnico: Wagner Lopes
Gols: Marcel, aos 7 minutos, e Douglas Coutinho, aos 13 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Cleberson (CAP)
Arbitragem: Cláudio Francisco Lima e Silva, auxiliado por Cleriston Clay Barreto Rios e Ivaney Alves de Lima
Publico e renda: partida realizada por portões fechados
Local: Arena da Baixada, em Curitiba