O apartamento alugado pelos seis brasileiros que morreram no Chile na noite de quarta-feira (22) estava sem vistoria há 15 anos. Cinco das vítimas eram catarinenses. A informação sobre a condição do imóvel é da NSC TV, que apura as primeiras avaliações realizadas pelas autoridades, em Santiago. Bombeiros chilenos suspeitam que um vazamento de monóxido de carbono tenha provocado intoxicação nos brasileiros e causado as mortes.
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Segundo os moradores do prédio, a construção tem mais de 50 anos. O encanamento de gás natural do edifício foi feito anos atrás, mas o apartamento não recebeu essa estrutura, informaram vizinhos à equipe da NSC TV. Funcionários do Serviço de Eletricidade e Combustível (SEC), órgão estatal chileno responsável por avaliar as condições das edificações, atribuem selos de certificação nas cores verde, bege e vermelho, de acordo com o funcionamento hidráulico, elétrico e de gás.
De acordo com o SEC, o imóvel tinha selo vermelho e, por isso, não estava em condições adequadas para ser alugado. Ainda segundo o serviço, os proprietários devem pedir as vistorias, o que não foi solicitado nos últimos 15 anos. As autoridades chilenas também investigam a possibilidade de o apartamento ter sido sublocado.
A empresa Airbnb, que alugou o apartamento, informou que vai arcar com o traslado dos corpos, e que também presta assistência aos responsáveis por oferecer o apartamento — a identidade do locador não foi revelada.
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Como ocorreu a tragédia no Chile
Seis turistas brasileiros morreram em um apartamento na cidade de Santiago. O caso ocorreu nesta quarta-feira (22). Segundo a polícia local, eles teriam inalado gás, supostamente monóxido de carbono. Entre as vítimas estão cinco catarinenses: um casal de Biguaçu, na Grande Florianópolis, os dois filhos, e mais outro casal formado por um catarinense e uma mulher de Goiânia.
A identidade das vítimas foi confirmada pela família. Morreram o casal Fabiano de Souza, 41 anos, e Débora Muniz Nascimento de Souza, 38 anos; e os filhos Karoliny Nascimento de Souza, que completaria 15 anos nesta semana, e Felipe Nascimento de Souza, 13. A família morava em Biguaçu. A prefeitura do município emitiu nota lamentando a tragédia e decretou luto oficial.
Além deles, também morreram Jonathas Nascimento Kruger, 30 anos, que também é catarinense e é irmão de Débora, e a esposa dele, Adriane Krueger, que é de Goiânia. O casal morava na cidade de Hortolândia, em São Paulo.
Suspeita de vazamento de gás
Quando a polícia entrou no local, notou que todas as janelas estavam fechadas. A suspeita é que isso teria provocado a grande concentração do gás no apartamento. A informação foi passada pelo comandante Rodrigo Soto à imprensa local.
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