O aparecimento de macacos mortos ou doentes pode ser indicativo da proliferação da febre amarela. O gerente da Vigilância em Saúde de Joinville, Henrique Deckmann, esclarece, após a morte de homem de 36 anos pela doença, que os macacos são sentinelas do vírus.

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Os primatas também contraem a enfermidade e podem aparecer mortos ou doentes. Após a infecção pelo vírus no meio silvestre, o óbito dos animais pode significar que a febre amarela está ocorrendo e se aproximando da área urbana.

Os registros de macacos mortos começaram em 2018 no país, quando foi intensificada a imunização. Em Santa Catarina, 127 casos de primatas doentes ou mortos foram reportados à Vigilância Epidemiológica. Destes, 78 foram descartados; 25 deram causa indeterminada e 24 ainda são investigados.

A Vigilância Ambiental do município orienta a população a ficar atenta para a morte dos animais, principalmente aos moradores próximos da área de mata. O órgão deve ser imediatamente avisado e o bicho não pode ser tocado. A coordenadora do Serviço de Vigilância Ambiental, Nicoli dos Anjos, diz que a rapidez na comunicação é importante para que sejam iniciadas ações de forma rápida.

— Sendo notificados, iremos ao local recolher o animal para realizar exames, fazer a busca ativa de casos suspeitos em humanos, além de realizar a vacinação no entorno, para que a população não seja contaminada – esclarece a coordenadora Nicoli.

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Aumenta procura pela vacina

Aproximadamente 18 mil joinvilenses procuraram as unidades básicas de saúde entre quinta-feira passada, quando foi registrada a primeira morte pela doença no Estado (depois de 53 anos) até terça-feira. O caso acendeu um alerta nos profissionais da saúde e também a preocupação na população.

Dados da Secretaria Municipal demonstram que, em média, 1,3 mil pessoas procuravam diariamente a vacina antes do óbito. Agora, uma semana depois, o número passou para 2,6 mil. Com o aumento na demanda, muitas pessoas enfrentaram filas e precisaram aguardar cerca de duas horas em alguns postos de saúde.

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