Só, sozinho, só no nome. A banda Apanhador Só gosta, mesmo, é da experiência coletiva. Isso se estende desde o financiamento da atual turnê até a forma como vão rodar o Brasil, a partir deste sábado (22).
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A banda gaúcha, formada em 2003, encontrou um caminho alternativo para atuar de forma independente. Por meio de uma vaquinha no site Catarse, que começou em julho, arrecadou apoio para comprar um carro, um reboque, equipamentos de som e captar recursos para um documentário sobre a viagem do grupo – foram cerca de 2,2 mil apoiadores.
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– Este formato permite que a gente consiga organizar tudo de uma forma muito independente. Não há envolvimento com grandes marcas, com grandes produtoras. É praticamente só banda e público fazendo tudo acontecer – conta Alexandre Kumpinski, vocalista da banda.
Com dinheiro no bolso e muita vontade de tocar, os músicos pegarão a estrada e farão de 90 a cem shows em 22 cidades das cinco regiões do país – para escolher os municípios e as residências onde os shows serão feitos, eles fizeram enquetes no Facebook e conversaram com fãs das cidades mais votadas.
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A saída de Porto Alegre está marcada para este sábado pela manhã, com a primeira parada prevista em Curitiba – os shows da turnê começaram na Capital, na semana passada. Lá, tocarão para uma plateia privilegiada, já que a apresentação será na sala de estar de uma casa indicada pelo público. E assim será Brasil a fora.
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– Prezamos pelos ambientes caseiros, para que a experiência do show se torne mais íntima, mais próxima. Montamos o palco no chão, em cima de tapetes, e a iluminação é feita com abajures. O público senta em almofadas, banquetas, sofás. É um clima bem bom, com todo mundo bem junto – explica Kumpinski.
A ideia da banda é rodar o Brasil até dezembro. No Natal, farão uma pausa. Mas a volta para casa será um tanto breve: em março, voltam para a estrada e lá permanecem até maio. Depois dessa experiência intimista e coletiva, que deve durar sete meses e render muita inspiração, os músicos voltam a Porto Alegre, vendem o carro e o reboque. Com a grana disso e dos shows da turnê, planejam produzir um novo disco.
– A viagem vai nos alimentar de experiências, que podem vir a ser uma matéria-prima importante para a temática e para a sonoridade do próximo álbum da banda – finaliza o músico, entusiasta de ideias coletivas e independentes.
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