Portugal possui um verdadeiro baú do tesouro em forma de uvas típicas, onde brilha a sua joia tinta mais importante: a touriga nacional!
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Em um país de território relativamente estreito, mas imenso em história e variedade de grandes vinhos, existe o mais antigo sistema de apelação do mundo, datado de 1756 na região demarcada do Douro, 179 anos antes do sistema AOC (Appellation d’Origine Contrôlée) na França.
Em meio à imensa quantidade de castas nativas, cerca de 285, as quais permitem produzir uma enorme diversidade de vinhos com personalidades distintas, temos a nobreza da ovacionada touriga nacional.
É uma uva tinta que tem cacho pequeno e alongado, diminutos e arredondados bagos negros, apresentando maturação média e excelente qualidade de vinificação. Originária do Dão, constitui um dos alicerces dos vinhos do Porto e de tintos multivarietais do Douro, sendo plantada até o Alentejo. Atualmente alçou voo para outros países, como Austrália e Estados Unidos, inclusive aqui no Nordeste brasileiro.
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Produz vinhos de cor escura com borda de cor púrpura para rubi, concentrados, tânicos, potentes, complexos e intensos em aromas de frutas vermelhas e negras muito maduras, além de nota mineral e floral de violeta e ervas.
São capazes de suportar bem amadurecimento em madeira e têm acidez equilibrada. Esta uva tem papel fundamental nos cortes condimentados e maduros da região do Dão, onde faz par perfeito com a casta alfrocheiro, gerando um vinho fino, maduro e de boa persistência em boca. Os fãs do malbec argentino deveriam experimentar a intensidade de um touriga nacional, acredito que irão se apaixonar por este lusitano.
Sugestão Gourmet:
Uma costela bovina na brasa ou paleta de ovelha assada.
Dica de Baco:
Vinho Lagar de Darei encontrado na Porto Mediterrâneo e o Tons de Duorum vendido na Santa Adega.