Próximo de se apresentar em Florianópolis, Paul McCartney não é o único beatle sobrevivente com trabalho novo na praça. Aos 72 anos, o baterista gente boa Ringo Starr também se mostra inquieto em seu 17º álbum solo, Ringo 2012.

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Assim como no Kisses on the Bottom do amigo Paul McCartney, o tom nostálgico impera no disco do veterano baterista. Mas no lugar de standards de jazz e composições populares do tempo de infância, Starr recupera lembranças de várias fases da sua trajetória. Anthem, que abre os trabalhos, é um hino dedicado ao slogan hippie paz & amor. Wings (que ele já havia gravado nos anos 1970) tem levada reggae e clima meio Ob-La-Di, Ob-La-Da. A reverência ao passado continua em In Liverpool, que homenageia a mítica cidade-berço dos Beatles.

Ringo também presta tributo a seus heróis de juventude. Do pioneiro do rock Buddy Holly, ele regravou Think it Over. Já Rock Island Line foi retirada do repertório de Lonnie Donegan (ídolo britânico do skiffle, espécie de música folk).

O grande deslize do disco fica por conta de uma canção com título infeliz. Ao batizar de Samba uma música com leve influência de tango, Ringo mostra que está longe de ser um especialista em ritmos sul-americanos.

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Com pouco menos de meia hora de duração, Ringo 2012 serve de pretexto para Ringo chamar uns amigos e se divertir por aí. Numa dessas, a exemplo de seu ex-colega de banda, quem sabe ele não resolve aportar com sua turma em uma certa ilha do Sul do Brasil?

Ringo 2012, de Ringo Starr, Universal Music, 9 faixas, R$ 32,90