Aos 48 anos, Paulo Silvy ajuda a manter a força do powerlifting em Santa Catarina

Chega a dar dor nas costas ver um homem de 48 anos colocando 140kg nos ombros, só para aquecer, e agachando até quase tocar o glúteo no calcanhar. Mas a mesma pontada na coluna também serve de motivação para quem quer iniciar uma atividade física. O manezinho Paulo Machado Silvy, há 30 anos levantando peso, é um dos principais atletas de powerlifting de SC.

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A modalidade consiste em executar três atividades: supino, agachamento e levantamento terra, tudo com bastante peso. Nas competições vence aquele que, somando a carga mais pesada de cada um dos exercícios, chega ao maior número. Paulo consegue levantar 500kg no total – foi assim que ele conquistou o primeiro lugar na última competição na categoria master.

Assista ao vídeo onde Paulo conta um pouco da sua história

Treinando com a ajuda de um amigo, João, que tem 45 anos e o mesmo espírito de guri, Paulo Silvy vai tentando, em sua acanhada academia no bairro Potecas, em São José, manter o esporte vivo.

– O powerlifting é um esporte grande, com muita gente praticando nos Estados Unidos e também no Brasil, mas falta aparecer para poder ter mais apoio. A academia

é a minha vida – fala.

Como faz tudo praticamente sozinho, pega o carro e viaja para competir sem nenhum patrocínio.

– Entro nas competições de “strongman”, pra ver quem é o mais forte, levantando carro, pedra, árvores e pneus. Vou quando dá – conta ele.

Loucura para competir

A primeira academia que Paulo Silvy entrou foi a Rocha, na Rua Esteves Júnior, no Centro da Capital. O seu ex-dono, Fernando Rocha, já falecido, foi um dos primeiros a enxergar a musculação como esporte. Tanto é que o ex-mestre tem um troféu na academia de Paulo, a DuKorpo. E esse incentivo fez Paulo vencer diversas competições, mas foi um segundo lugar no Sul-Americano em Buenos Aires a mais marcante.

– Todos os adversários foram de avião. Como eu não tinha dinheiro, viajei 30 horas de ônibus, comendo qualquer coisa pra não passar fome. Cheguei às 2h para competir meio-dia, mesmo assim consegui – se emociona de leve, porque o homem

é duro na queda.

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