Bolsonaristas radicais invadiram prédios do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF) e causaram tensão em Brasília neste domingo (8). Os extremistas furaram bloqueio da Polícia Militar do Distrito Federal, que lançou bombas de efeito moral, mas sem conseguir impedir o avanço dos grupos. Dentro dos prédios, bolsonaristas promoveram quebra-quebra de janelas e móveis em prédios como o Palácio do Planalto.

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A situação fez o presidente Lula decretar intervenção no Distrito Federal até o dia 31 de janeiro. A intenção é reestabelecer a ordem e investigar quem financiou e participou dos atos radicais de vandalismo deste domingo em Brasília.

Ex-ministro do governo Bolsonaro, o atual secretário de Segurança do Distrito Federal, Ânderson Torres, responsável pela PM local, foi exonerado do cargo ainda durante os atos, segundo o governo do DF. Um pedido de prisão de Torres foi feito pela Advocacia-Geral da União ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

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A interpretação do governo federal é de que o governo do Distrito Federal falhou na tarefa de conter e evitar os atos golpistas deste domingo. À noite, o próprio governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), admitiu falha do governo local e pediu desculpas ao presidente Lula.

Durante a invasão, policiais do DF foram flagrados filmando e conversando com participantes dos atos de vandalismo. Até as 22h, ao menos 400 pessoas já haviam sido presas por participação nos atos golpistas, segundo o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha. Após as invasões, políticos e autoridades se manifestaram repudiando os atos e pedindo punição aos financiadores e participantes.

Os protestos tiveram reflexos também em Santa Catarina. Na BR-101, manifestantes fizeram novo bloqueio na rodovia na altura de Itajaí, ponto que já havia sido fechado em novembro do ano passado por protestos antidemocráticos de bolsonaristas após o segundo turno das eleições de 2022. A situação fez a PRF convocar um gabinete de crise no Estado para monitorar o risco de bloqueios e atos de vandalismo em rodovias catarinenses. O governador Jorginho Mello divulgou uma nota afirmando que o momento é de tensão e dizendo que “manifestações são legítimas quando são pacíficas”.

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As forças de segurança conseguiram desocupar a Praça dos Três Poderes por volta das seis da tarde, após horas de destruição dos golpistas no interior dos prédios públicos. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifestou à noite, repudiando a violência presente nos atos deste domingo. O ministro do STF, Alexandre de Moraes, também se pronunciou chamando os ataques terroristas de “desprezíveis” e prometendo a responsabilização de financiadores e apoiadores dos atos de vandalismo.

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