O presidente Jair Bolsonaro foi o primeiro a discursar no debate geral da 76ª Assembleia Geral da ONU, que acontece nesta terça (21) e quarta-feira (22), em Nova Iorque. O evento ocorre na sede da organização e reúne representantes de diversos países. O tema desta edição trata sobre as medidas para acabar com o coronavírus e os próximos passos para lidar com as consequências da Covid-19.

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O representante do Brasil é sempre o primeiro a discursar no evento desde 1947. Bolsonaro começou a mensagem dizendo que mostraria um Brasil diferente do que a imprensa noticia. O presidente ainda falou que o país estava “à beira do socialismo”, mas agora tem um comandante “que acredita em Deus, respeita a Constituição e seus militares, valoriza a família e deve lealdade a seu povo”. 

O chefe do Executivo brasileiro ainda disse que no último 7 de setembro, milhões de brasileiros foram às ruas “mostrar que não abrem mão da democracia, das liberdades individuais e de apoio ao nosso governo”. Ao contrário do discurso do presidente na ONU, manifestantes levaram placas com pedidos de destituição dos ministros do Supremo Tribunal Federal, de intervenção militar e escritos com ameaças ao Congresso Nacional. 

Sobre a Covid-19, o presidente voltou a defender o que ele chamou de ‘tratamento inicial’, cuja ineficácia já foi cientificamente comprovada.

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— Respeitamos a relação médico-paciente na decisão da medicação a ser utilizada e no seu uso off-label. Não entendemos por que muitos países, juntamente com grande parte da mídia, se colocaram contra o tratamento inicial — disse o presidente, que defende essa forma ineficaz de tratamento desde 2020.

Vacinação

O chefe do Executivo também falou sobre a vacinação e informou que até novembro “todos que escolheram ser vacinados no Brasil, serão atendidos”. Apesar disso, o presidente se posicionou contra o passaporte sanitário e qualquer forma de obrigação da vacina.

Bolsonaro é o único presidente, entre as 20 maiores economias mundiais, que declarou que não tomou a vacina contra a Covid-19. Em Nova Iorque é obrigatório a apresentação do comprovante de vacinação em espaços públicos fechados, mas a ONU informou que haveria uma exceção diplomática e não cobraria os atestados. 

O presidente do Brasil, porém, apareceu de máscara nessa terça-feira, junto com a primeira-dama, na saída do hotel estadunidense, quando estava indo para a sede da ONU. Essa não é uma postura comum de Bolsonaro, que circula sem máscara na maioria dos locais por onde passa.

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O evento, que termina na quarta-feira (22), reúne participações virtuais, presenciais e gravadas. Em 2020, a Assembleia ocorreu de forma online, com discursos em vídeos gravados.

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