Foi uma noite de terror na Ilha da Magia. O Avaí levou um sonoro passeio do lanterna Oeste, 3 a 0, em plena Ressacada, nesta segunda-feira (30). De volta à beira do gramado após três jogos afastado pela covid-19 e por problemas pessoais, o técnico Geninho, que já conquistou dois acessos pelo Leão, vê sua continuidade no cargo questionada.

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– Quem decide minha permanência é a diretoria. Eu vim para ajudar, para fazer o meu melhor. Tenho uma relação tão boa com o Avaí que nada vai estremecê-la. Eu estou tentando fazer aquilo que levou o Avaí duas vezes à Série A. No momento em que a diretoria entender que outra pessoa puder fazer melhor, saio sem problerma algum. estou tentando fazer o meu melhor – disse Geninho depois do jogo.

> Derrota para o Oeste, lanterna da Série B, expõe um Avaí desorganizado

– Ao torcedor, só posso pedir desculpas – completou.

O técnico reconheceu que todo o time foi muito mal:

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– Foi um jogo muito ruim. O Avaí não conseguiu jogar. O Oeste estava muito bem postado, marcou bem e saía muito rápido. Fez os três gols na transição rápida.

Para Geninho, o grupo do Avaí tem qualidade técnica, mas não está demonstrando o espírito da Série B.

– A qualidade técnica faz a diferença, desde que o time equipare em outras coisas.

Foi apenas a terceira vitória do time paulista em 25 jogos na Série B do Campeonato Brasileiro. Insuficiente para tirar o Oeste da última posição, apenas 15 pontos, ou de dar algo além de um sopro de esperança de escapar do rebaixamento à Série C.

Todos os reflexos do vareio incidem no lado perdedor. O Avaí começou a rodada em sétimo lugar, a quatro pontos do G-4. Conforme os jogos desta terça (1) e quarta-feira (2), poderá ser ultrapassado por Ponte Preta, Confiança e Guarani e cair para 10º. E se dois adversários ganharem, dentre Juventude, Cuiabá e Sampaio Corrêa (todos com 40), a diferença para o quarto colocado subirá para sete pontos.

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O jogo

E pensar que o torcedor do Leão estava brabo com o primeiro tempo, aquele insosso zero a zero. Nem o mais pessimista avaiano poderia imaginar que o pior ainda estava por vir.

Começou logo aos dois minutos. Gustavo Salomão recebeu pelo lado esquerdo da grande área e cruzou. A bola encobriu Glédson e o camisa 9 Fábio concluiu de cabeça, quase na risca do gol, e fez 1 a 0.

Piorou aos 13. O camisa 11 Pedrinho invadiu a área pelo lado esquerdo e encobriu o goleiro com categoria, de cavadinha: 2 a 0. Muita categoria para um time que está na lanterna.

– É outro Oeste no segundo turno, que já empatou com a Chapecoense e América – ressalvou Geninho.

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Virou tragédia aos 27, outra vez com Pedrinho, aproveitando um passe rasteiro de Matheus Rocha da direita.

Nada a contestar. Placar justo.

Resta saber, agora, o que o Avaí fará até quinta-feira (3), quando irá a Ponta Grossa (PR) encarar o Operário.

Confira a coletiva de Geninho:

> Avaí x Oeste, Figueirense e os 8 a 1 sofridos pelo Brusque em pauta no Debate Diário

>> Com gol nos acréscimos, Cuiabá vence Avaí na Arena Pantanal

Ficha técnica

AVAÍ: Glédson; Alemão (Luan Silva), Alan Costa, Airton e João Lucas (Iury); Ralf (Leandrinho), Jean Martim e Pedro Castro (Valdívia); Getúlio (Rildo), Rodrigão e Rômulo. Técnico: Geninho

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OESTE: Caique França; Matheus Rocha (Éder Sciola), Vitão, Caetano e Salomão; Bruno Lopes (Rael), Lídio, Caio Vinícius e Léo Ceará (De Paula); Fábio (Bruno Alves) e Pedrinho (Kauã). Técnico: Roberto Cavalo

Árbitro: Leonardo Sígari Zanon, auxiliado por Sidmar dos Santos Meurer e Andrey Luiz de Freitas (trio do PR).