Um centroavante uruguaio definiu o clássico catarinense. Gastón Rodriguez marcou, aos 38 do segundo tempo, o gol da vitória do Avaí sobre o Figueirense, na noite desta terça-feira (29), na Ressacada, pela Série B do Campeonato Brasileiro.
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O gol gerou muitas reclamações do Figueirense, que pediu falta de Pedro Castro em Sanchez no desarme que deu origem ao contra-ataque avaiano. O árbitro Rafael Traci entendeu que o lance foi legal.
Rômulo foi lançado pela direita, avançou até as proximidades da área e arriscou. A bola bateu na trave direita de Rodolfo Castro e sobrou para Gastón Rodriguez, oportunista, empurrar para as redes.
Ouça o gol:
– Um gol lindo! – vibrou Gastón Rodrigues depois do jogo.
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Ouça a entrevista do uruguaio à assessoria de comunicação do Avaí:
Revoltado, o zagueiro Alemão reclamou da não-marcação da falta, levou cartão amarelo, continuou reclamando e foi expulso. No fim do clássico, jogadores alvinegros voltaram a cercar o árbitro.
Na súmula, Rafael Traci descreveu ter recebido uma cabeçada de Alemão:
“Após ser advertido com o cartão amarelo, o referido jogador me deu uma peitada sendo expulso de forma direta. ato contínuo, veio novamente pra cima desferindo uma cabeçada e peitando novamente.após isso, atletas de sua equipe o seguraram porém a todo momento queria vir novamente para cima. depois de um tempo, retirou-se do gramado. em todo este momento, ficando dizendo: “seu filho da puta, safado, tira a camisa deles de baixo, vagabundo”, escreveu Traci.
O técnico Elano reclamou da falta e clama por árbitro de vídeo na Série B:
– Ou tem para todo mundo, ou não tem para ninguém. Ou tem o VAR, ou não tem. Se tem para a Série A, tem de ter para a B, para a C, para D, para todos. Eu fiz um gol em impedimento contra o Guarani. O jogo de Cuiabá era para termos ganho. Hoje, é um lance extremamente perigoso. É falta. Eu tomo um gol no clássico. Peço desculpas ao torcedor do Figueira. Estou completamente revoltado. Perder assim, não tem como admitir.
No lado vencedor, Geninho disse que o Avaí melhorou no segundo tempo:
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– Foi um jogo amarrado. Clássico é sempre assim, mais brigado. No intervalo, tentei acalmar o time, para quando a bola batesse no nosso pé termos mais tranquilidade de trabalhar com ela. Ajustamos alguns posicionamentos, acertamos a marcação de meio, erramos menos passes.
Sobre o gol, o treinador do Avaí foi taxativo:
– Quem viu falta ali viu pelo em ovo. Nem ameaça de falta deve. Quanto a ter o VAR, concordo plenamente.
O jogo
Foi um clássico pobre. O primeiro tempo esteve à altura do público nas arquibancadas: nada. O Figueirense teve mais posse de bola, o Avaí foi um pouco mais agudo, mas nada que motivasse suspiros dos torcedores impossibilitados de estar na Ressacada pela pandemia de coronavírus.
A etapa final, ainda longe de ser um bom jogo, continuou com mais posse de bola do Figueirense (65% no total da partida), mas sem força ofensiva.
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– Temos de melhorar o penúltimo passe – reconhece Elano.
O Avaí era um pouco mais perigoso, mas o jogo tinha cara de 0 a 0 até Pedro Castro puxar o contragolpe que resultou na arrancada de Rômulo, no chute na trave e no gol de Gastón – e que detonou a revolta alvinegra.
– A equipe assimilou uma maneira de marcar o adversário e fazer uma transição rápida. Quando faz essa opção, você não tem a maior posse de bola – disse Geninho.
A melhor chance de gol do Figueira só veio depois de estar perdendo: o estreante Bruno Michel bateu da entrada da área, em curva, e Lucas Frigeri fez grande defesa, de mão trocada.
Dois minutos antes do gol, o Avaí reclamou de um pênalti em Rômulo. Traci mandou seguir.
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Sequência
A dupla da Capital volta a jogar nesta sexta-feira (02) pela 13ª rodada da Série B. O Figueirense, às 16h30, no Scarpelli, contra o Oeste, e o Avaí, às 19h15, contra o CRB, em Maceió.
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Ambos têm desfalques. Gastón Rodriguez recebeu o terceiro cartão amarelo, ao tirar a camisa na comemoração do gol. Além de Alemão, expulso, o Figueira perde Sanchez e Pereira, que estavam pendurados e levaram amarelo.
Ficha técnica
Avaí 1
Lucas Frigeri; Felipe (Iury), Rafael Pereira, Airton e Capa (Ramon Pereira); Ralf, Jean Martim, Pedro Castro e Renatinho; Rildo (Getúlio) e Gastón Rodriguez (Kunde). Técnico: Geninho
Figueirense 0
Rodolfo Castro; Lucas Carvalho, Alemão, Pereira e Sanchez; Matheus Neris (Everton Santos), Arouca (Patrick) e Marquinho; Gabriel Lima (Bruno Michel), Diego Gonçalves (Dudu) e Keké (Gabriel Barbosa). Técnico: Elano
Gol: Gastón Rodriguez, aos 38min, no segundo tempo
Arbitragem: Rafael Traci, auxiliado por Helton Nunes e Eli Alves (trio de SC)
Expulsão: Alemão, aos 39min, no segundo tempo.
Cartões amarelos: Airton e Renatinho, Gastón Rodrigues (A); Sanchez, Pereira (F)

