A rádio CBN Diário transmite nesta segunda-feira, a partir das 9h, um debate entre candidatos ao governo de Santa Catarina. O encontro é mediado pelo jornalista Mário Motta. Foram convidados seis candidatos de partidos ou coligações que têm, pelo menos, cinco parlamentares no Congresso Nacional, conforme prevê a legislação eleitoral. Confirmaram presença os candidatos Comandante Carlos Moisés da Silva (PSL), Décio Lima (PT) e Leonel Camasão (PSOL).
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Veja como foi o último bloco do debate com os candidatos
No último bloco, os candidatos responderam a perguntas enviadas pelo WhatsApp e pelo Facebook. O primeiro a responder, por sorteio, foi Décio Lima. O questionamento, também por sorteio, foi sobre o excedente no Corpo de Bombeiros, com mais de 300 aprovados aguardando serem chamados. O petista respondeu elogiando a atuação dos bombeiros e afirmou que chamará os aprovados imediatamente se. for eleito. Citou a defasagem de efetivo nos Bombeiros e também na Polícia Militar.
O segundo sorteado foi Moisés, que respondeu sobre a administração de Organizações Sociais em hospitais, se ele pretende priorizar esse tipo de gestão caso eleito. O candidato disse que é preciso investir nos profissionais e também nas parcerias e nas OSs, dizendo que avaliará cada caso, mas destacando que tem bons exemplos nesse sentido.
Camasão foi o terceiro a responder. A pergunta foi sobre cultura. O candidato do PSOL afirmou que criará uma Secretaria de Cultura independente, para poder captar recursos junto ao governo federal para fomentar a área. Defendeu que o setor gera emprego, renda e desenvolvimento humano.
A segunda rodada de perguntas começou com pergunta sobre infraestrutura de rodovias do Oeste de SC. Quem respondeu foi Moisés, que defendeu parcerias público-privadas aliadas a aumento de investimentos públicos.
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Décio foi o segundo a responder na rodada. A pergunta foi sobre as propostas para o esporte, especialmente para atletas de alto rendimento. O petista comentou sua experiência com os Jogos Abertos quando era prefeito de Blumenau e garantiu que o esporte de alto rendimento estará em pauta.
Camasão encerrou respondendo sobre o fechamento de empresas e de como diminuir impostos e burocracia no setor privado. O candidato do PSOL disse que a visão do partido é de incentivar o pequeno empresário e os empreendedores individuais, voltando a criticar as isenções fiscais a grandes empresas e a sonegação de impostos.
Confira o quarto bloco
O quarto bloco foi aberto por Camasão, que perguntou a Moisés sobre quais privatizações ele pretende fazer em SC caso eleito. O candidato do PSL respondeu que o Estado deve priorizar saúde, educação e segurança e que diante do loteamento de cargos em empresas públicas, defende privatizações, mas não citou casos específicos no Estado. Camasão, na réplica, declarou que se eleito não fará privatizações em nenhuma área. Na tréplica, Moisés pontuou que a privatização não depende só do governador, mas defendeu a iniciativa e citou as rodovias pedagiadas como com melhores condições.
Moisés foi o segundo a perguntar, questionando Décio sobre os projetos dele para a infraestrutura catarinense. O petista respondeu primeiro citando empresas públicas do Estado como estratégicas para o desenvolvimento. Também disse ser aberto a parcerias. Moisés, na réplica, disse ser importante manter empresas públicas que dão resultado e citou problemas da Celesc na entrega de energia elétrica, defendendo também mais fiscalização. Na tréplica Décio argumentou que isso não justifica “pilhagem” do patrimônio público.
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O petista encerrou o quarto bloco perguntando a Camasão sobre as propostas para a agricultura. O candidato do PSOL respondeu que defende que o governo do Estado amplie sua atuação contra agrotóxicos e alimentos transgênicos e incentive a agricultura ecológica e familiar. Na réplica, Décio apresentou um programa que pretende criar nessa área, fortalecendo a agroindústria dentro das pequenas propriedades. Na tréplica, Camasão defendeu o estímulo ao consumo de alimentos de qualidade, sem agrotóxico, com reflexo também na saúde.
Confira o terceiro bloco
O terceiro bloco também foi de tema livre. Moisés abriu a rodada perguntando a Camasão sobre a dívida do Estado. Na resposta, o candidato do PSOL disse ser preciso cortar privilégios e a “farra fiscal”, citando as isenções fiscais e prometendo revê-los. Na réplica, Moisés prometeu reduzir o número de secretarias de Estado, extinguir as ADRs e enxugar máquina pública, além de buscar financiamentos “mais justos”. Na tréplica, Camasão falou sobre a importância de eleger um presidente também alinhado com essa política de revisão e enfrentamento do sistema financeiro.
Na sequência, Camasão perguntou sobre saúde para Décio Lima. A questão foi sobre a terceirização da administração da saúde no Estado. Décio comentou sobre o diagnóstico do setor, citando números que mostram os problemas do setor, e prometeu criar um SUS catarinense, com foco na saúde básica, alinhado à estrutura estadual e à filantropia. Também voltou a citar o uso de tecnologia para facilitar o atendimento à população. Na réplica, Camasão disse ser contra as privatizações e prometeu revogar a lei sobre as Organizações Sociais à frente da saúde. Décio finalizou defendendo a saúde a pública e prometendo um choque de gestão.
O petista encerrou o bloco perguntando a Moisés sobre propostas para inclusão social. Na resposta ele citou algumas ações nessa área, destacando sua experiência com a população como bombeiro. Décio prometeu ser um “governador itinerante” se for eleito e garantiu que vai trabalhar para que não haja crianças fora da escola e das políticas públicas. Moisés completou exemplificando o tema com o trabalho de pequenos artesãos.
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Confira o segundo bloco
Com tema livre entre os candidatos, o segundo bloco do debate iniciou com Décio perguntado para Moisés sobre evasão escolar e os atrasos na educação catarinense. Moisés respondeu que o Ensino Médio não é atrativo ao mercado e que é preciso valorizar os professores e também o ensino profissionalizante para que os jovens entrem no Ensino Médio mais adequados às condições regionais do mercado de trabalho em SC. Décio replicou afirmando que, se eleito, vai dobrar o piso salarial dos professores nos próximos quatro anos e levar tecnologia e inovação às salas de aula. Na tréplica, Moisés destacou que tem pouco tempo de rádio e TV e divulgou suas redes sociais para que os eleitores conheçam melhor suas propostas.
A segunda pergunta foi de Moisés para Camasão. Ele questionou sobre como diminuir a corrupção. Camasão respondeu que o combate à corrupção é fundamental para o futuro governador e declarou que, se eleito, combaterá também os privilégios que são legais, mas não morais, além de aprimorar as ferramentas de transparência pública. Na réplica, Moisés disse que abrirá seu governo para todas as entidades que quiserem participar e ajudar nessas questões. Na tréplica, Camasão destacou ações do PSOL nacional no combate à corrupção.
Encerrando o bloco, Camasão perguntou a Décio sobre o que ele achava da ausência de Merisio e Mariani a vários debates e sobre os dois representarem os últimos quatro governos estaduais. Décio disse que a falta dos candidatos é ruim e agride a democracia por “tratar com desdém” o espaço de discussão. Também comentou sobre o fim do clico político da tríplice aliança no governo do Estado e pediu pela renovação.
Na réplica, Camasão criticou novamente os candidatos ausentes e associou eles a investigados ou denunciados pela Lava-Jato, contrapondo com políticos do PSOL. Décio voltou a pedir renovação no tempo da tréplica.
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Confira o primeiro bloco
O primeiro bloco começou com pergunta de Leonel Camasão para Comandante Moisés sobre segurança pública. O questionamento foi sobre como melhorar a segurança especialmente para as minorias, maiores vítimas da violência. Moisés afirmou que o plano de governo pensa a segurança como um todo, com educação e inclusão social, e também defendeu a presença da polícia nas comunidades. Na réplica e tréplica, os candidatos comentaram sobre ações para a população feminina e negra.
Na sequência, Moisés perguntou para Décio Lima sobre investimento em tecnologia e inteligência, sobre a proposta dele para o setor. O petista destacou que a inclusão digital é importante para todo tipo de inclusão e que a tecnologia gera renda e emprego, prometendo ainda ampliação dos parques tecnológicos do Estado e o uso de ferramentas digitais para dar mais eficiência ao governo. Na réplica, Moisés falou das suas experiências com o uso da tecnologia na atuação como bombeiro. Décio, na tréplica, voltou a falar de suas propostas nessa área.
Finalizando o primeiro bloco, Décio perguntou a Camasão sobre as propostas dele para o tema eficiência na gestão e visão de estadista. Camasão respondeu que o atual governo tem gastado muito e gastado mal, criticando as Agências de Desenvolvimento Regional (ADRs) e disse que é preciso combater esse “modo de fazer política” e os privilégios. Décio replicou afirmando que seu primeiro ato, se eleito, será o de extinguir todas as ADRs e rever outras situações envolvendo o dinheiro público. Camasão finalizou afirmando que pretende rever o duodécimo pago aos outros poderes para investir esse dinheiro em áreas como saúde e educação.
Os candidatos Gelson Merísio (PSD) e Mauro Mariani (MDB) informaram que não poderiam aceitar o convite por problemas nas agendas de campanha. O candidato Jessé Pereira (Patriota) havia confirmado presença, mas comunicou nesta segunda de manhã que não poderia estar presente. Os demais candidatos ao governo — Ângelo Castro (PCO), Ingrid Assis (PSTU) e Rogério Portanova (Rede) — vão participar de uma entrevista que irá ao ar pela CBN Diário na terça-feira, a partir das 10h, durante o Notícia na Manhã.
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Regras
O debate terá cinco blocos. No primeiro, os candidatos vão fazer perguntas entre si, com temas pré-determinados pela produção, alinhados com o compromisso lançado pela NSC Comunicação de uma Santa Catarina Ainda Melhor. No segundo, terceiro e quarto blocos, os convidados vão fazer perguntas entre si, com tema livre. No último bloco, os candidatos vão responder a perguntas formuladas pelos ouvintes e leitores. As perguntas serão escolhidas pela produção. Para participar, é preciso enviar uma mensagem pelo WhatsApp (48) 99181-3800 ou fazer um comentário na transmissão ao vivo do Facebook do Diário Catarinense.