Ele pode ter ficado desgastado pela não classificação para a Série B do Campeonato Brasileiro. Mas o técnico Guilherme Macuglia saiu da Chapecoense com a cabeça erguida e mostrando uma postura profissional exemplar.

Continua depois da publicidade

Ele assumiu que o trabalho poderia ter sido melhor e que o time tinha condições de superar o Ituiutaba. Mesmo assim, ressaltou que o clube conseguiu um dos objetivos, que era permanecer na Série C. Ele afirmou que havia um medo de rebaixamento para a Série D e por isso aceitou o desafio da diretoria de receber apenas metade do salário em caso de queda.

Entre os erros para não subir, estariam a não realização de uma intertemporada para recuperar os jogadores e informações equivocadas do time adversário. Outro problema apontado por Macuglia foi o grande número de lesões.

– Quase todos passaram pelo departamento médico – desabafou.

Um dos principais reforços, o atacante Gustavo Papa, só jogou uma partida até o fim. Macuglia sugere que a Chapecoense faça um planejamento a médio e longo prazo e não apenas de um ano para o outro. Ele citou a necessidade de um Centro de Treinamento com refeitório e alojamento, para que os atletas fossem até o local pela manhã e retornassem ao final da tarde. Ele considera que os campos “emprestados” contribuem para a lesão e há o gasto diário de uma hora só para deslocar.

Continua depois da publicidade

– Não dá para ficar treinando falta pois fica muito tarde – explicou.

O ex-treinador do Verdão disse que o poder público poderia doar uma área em comodato e a Chapecoense poderia destinar parte de seu orçamento para investir em infraestrutura. Ele considera que Chapecó e região têm potencial para ter um grande clube, mas isso depende de planejamento. Ele afirmou que a Chapecoense deve investir também na base e explorar os talentos que surgem na Região Oeste.

– Em dois anos teria atletas oriundos da região e que poderiam gerar recursos com a venda – sugeriu.