A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) autorizou na última terça-feira (4) o reajuste máximo de 6,91% no preço dos planos de saúde individual e familiar. Em Santa Catarina, de acordo com a agência, 170.786 beneficiários devem ter o reajuste aplicado aos contratos.
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Segundo a ANS, o reajuste de 6,91% é um teto, o que significa que as operadoras podem aplicar valores menores, mas não ultrapassar esse percentual. A decisão não envolve planos coletivos, sejam eles empresariais (contratados pelas empresas onde os beneficiários trabalham) ou por adesão (adquiridos por meio de administradoras de benefícios, por exemplo).
A mudança terá validade de maio de 2024 (retroativo) até abril de 2025. Segundo a ANS, o reajuste poderá ser aplicado pela operadora no mês de aniversário do contrato, ou seja, no mês da data de contratação do plano. Para os contratos que aniversariam em maio e junho, a cobrança deverá ser iniciada em julho ou, no máximo, em agosto, retroagindo até o mês de aniversário do contrato.
Em todo o país, quase 8 milhões de beneficiários serão contemplados pela mudança. O valor representa 15,6% dos 51 milhões de consumidores de planos de assistência médica no Brasil, de acordo com a ANS.
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O que explica o aumento
O aumento dos planos poderá ser o dobro da inflação medida em um ano. Além disso, o valor final é impactado por fatores como o aumento ou queda da frequência de uso do plano de saúde e os custos dos serviços médicos e dos insumos, como produtos e equipamentos médicos.
Em nota ao g1, o diretor de normas e habilitação dos produtos da ANS, Alexandre Fioranelli, disse que o cálculo se adequa “à manutenção do equilíbrio econômico-financeiro das operadoras”.
“Essa metodologia é baseada na variação das despesas médicas apuradas nas demonstrações contábeis das operadoras e em um índice de inflação, o que garante previsibilidade e transparência para toda a sociedade”, afirmou Fioranelli, em nota.
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