Dos 270 municípios catarinenses atendidos pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa), 140 não têm saneamento básico. Destes, 15 receberam um projeto de sistema de esgotamento sanitário nessa quarta-feira (28) em Florianópolis durante o Encontro Estadual de Cooperação Técnica em Saneamento Ambiental.

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– Somados esses 15 projetos, com seus orçamentos totais, chegam a R$200 milhões, dinheiro que agora a prefeitura pode buscar com a Funasa, financiar ou com um organismo internacional – explicou o superintendente da Funasa Adenor Piovesan.

Realidade

As cidades contempladas com o projeto elaborado pela Funasa são Botuverá, Guaramirim, Irineópolis, Laurentino, Maracajá, Três barras, Ponte Serrada, Rio dos Cedros, Pinheiro Preto, Rio do Oeste, Treviso, Treze Tílias e Vargem Bonita.

Estes municípios receberam, além do projeto do sistema de esgotamento sanitário, licenciamento ambienta e projeto executivo, dentro das normas ambientais e sustentáveis.

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— Florianópolis tem um sistema de saneamento básico, mas os outros municípios ainda têm muitas dificuldades, principalmente os pequenos — explicou Piovesan.

Barreiras

Segundo o superintendente, para elaborar e implantar os projetos de saneamento básico, as cidades esbarram em problemas como dificuldades financeiras, falta de estrutura, como locais para estações de tratamento, licenciamentos ambientais e corpo técnico para analisar e acompanhar os projetos.

— Muitos municípios catarinenses não têm nem projeto de saneamento. Nós temos 100% dos municípios com plano de saneamento básico, diferente do resto do Brasil. Depois do plano de saneamento eles podem caminhar para o projeto de saneamento e, nisso, temos 140 municípios que não têm sequer projeto. Então, para chegar a buscar recursos têm um caminho longo. Nosso papel é ajudar essas cidades com dificuldade no corpo técnico — declarou.

Conceito

O superintendente Adenor Piovesan explica que o saneamento básico é composto por quatro pilares: abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos sólidos e drenagem.

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— Para atingirem a totalidade do saneamento básico, os municípios têm que estar com estes quatro aspectos operando em 100%. Essa meta buscamos no país com o Plano Nacional de Saneamento Básico, pretendemos atingi-la até 2035 – explicou.