O governador licenciado do Estado do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), defendeu nesta quinta-feira a presidente Dilma Rousseff, ao deixar o Hospital Pró-Cardíaco. Ele ficou internado por 19 dias para tratamento de um câncer linfático. Pezão afirmou que se manteve afastado da política, mas que teve contatos por telefone com a presidente, a quem manifestou apoio e chamou de “grande amiga”.

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Ele contou ter conversado com Dilma praticamente todos os dias e demonstrou simpatia pelos seis ministros do PMDB que resistem a deixar os cargos no governo federal, apesar da decisão do partido de que todos os peemedebistas com postos na administração federal devem demitir-se.

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Internado, Pezão não participou da reunião em Brasília, na terça-feira passada, que aprovou por aclamação o desembarque do PMDB.

— O PMDB não sai do governo assim, não. Os ministros ainda estão todos lá. Vai demorar ainda para sair — afirmou.

A próxima sessão de quimioterapia ocorrerá entre os dias 13 e 14. Mais magro e com aparência abatida, Pezão afirmou estar se sentindo “muito bem” e agradeceu o tratamento que recebeu dos médicos, enfermeiros e funcionários do hospital.

— Foram 19 dias muito difíceis, mas que a gente vê como é importante cuidar da saúde, estar perto da família. Vou continuar com o tratamento que é longo, não é fácil, mas estou com muita força e determinação para enfrentar.

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Nesta sexta-feira, Pezão seguirá para sua cidade natal, Piraí (centro-sul fluminense), a fim de descansar. O oncologista Daniel Tabak afirmou que o governador “está muito bem do ponto de vista clínico”, mas que precisa ser observado. Ele recomendou que Pezão evite preocupações relacionadas a política durante o tratamento.

— Se ele evitar preocupações, vai ajudar em sua recuperação, mas isso é uma decisão pessoal.

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