Quando decidiu tentar ganhar no tapetão, recorrendo ao Supremo Tribunal Federal para anular as decisões da Comissão Especial do impeachment da Câmara Federal, o governo Dilma deu um claro sinal de que a batalha no plenário, neste domingo, está perdida. Se tivesse alguma garantia de que pode vencer, evitaria o desgaste da judicialização, depois de ter perdido várias ações na suprema corte.
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O governo e o lulopetismo revelam, assim, seu inconformismo com o tsunami que cai no plenário da Câmara, provocado pela constatação da maioria parlamentar de que este governo acabou, que Dilma não tem a menor condição de continuar. Está sendo condenada pela população – independentemente do resultado de domingo – pelas mentiras da campanha, pelo envolvimento direto com corruptos do PT, PMDB e PP, das relações promíscuas com seu marqueteiro (todos na cadeia), etc…
A maior crise do Brasil não está no fim do governo e na votação de domingo. Se a cassação for rejeitada, o cenário que se configura é o mais terrível, até porque Dilma, Lula e o PT abriram um fosso gigantesco ao acusar os adversários de traidores e conspiradores.
Sendo aprovado o impeachment, o calvário poderá continuar. Ao vice Michel Temer serão exigidas qualidades e competências excepcionais para comandar o novo Brasil. Se for habilidoso, pode virar a página. Mas se continuar vinculado aos corruptos do PMDB e aliados, ou montar um ministério sem qualificação, comprometido com o fisiologismo, não dura três meses.
O Brasil não precisa só de novo presidente. Carece de reformas urgentes para evitar o despenhadeiro e crises ainda mais profundas.
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