A diretoria da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou nesta quinta-feira (11), por unanimidade, regras mais rígidas para o uso de máscaras em aeronaves e áreas de embarque em aeroportos. O objetivo é aumentar a proteção contra a Covid nestes locais em meio ao agravamento da epidemia.
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Na prática, a regra proíbe o uso de alguns tipos de máscaras, como aquelas de acrílico ou de plástico (uma vez que não se ajustam ao rosto e serviriam, na prática, apenas como barreira física); máscaras PFF2 (também conhecidas como N95) que contenham válvulas; lenços e bandanas; face shield isolado e máscaras com só uma camada (como as de crochê, que não protegem contra o vírus).
Algumas companhias aéreas, como a Latam, anunciaram regras parecidas. Agora, no entanto, a norma da Anvisa entra em vigor para todas as empresas, além de passageiros e funcionários de terminais aeroportuários.
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A previsão é que a norma entre em vigor em 25 de março. O prazo ocorre para que haja tempo de divulgar as mudanças ao setor e tirar dúvidas da população, diz Nélio Cezar de Aquino, servidor da gerência de portos e aeroportos.
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Segundo ele, a nova regra foi motivada pelo aumento de casos e mortes de Covid-19 no país e pelo aparecimento de novas variantes do coronavírus que podem ser mais transmissíveis e letais.
Relator da norma, o diretor Alex Machado Campos lembrou que o uso de máscaras em aviões e aeroportos já era obrigatório a partir de normas anteriores. Havia necessidade, no entanto, de atualizar as regras para aumentar a proteção, aponta.
Em seu voto, ele frisou que não há banimento de máscaras de tecido, mas, sim, regras para uso dessas máscaras -com isso, aquelas que têm uma só camada, por exemplo, seriam vetadas.
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> Uso de máscaras de pano e de outros tipos em aviões é proibido por companhias aéreas
“O uso de máscara de tecido é uma medida útil de saúde pública. Nessa regulamentação, ao contrário do que se pode imaginar, a Anvisa recomenda, sim, que se use máscara de pano, mas aquelas com dupla camada e que não sejam extremamente porosas como as de crochê. Que isso fique claro à população”, disse.
Campos ressalta ainda que máscaras PFF2/N95 são recomendadas, desde que não tenham válvulas. Segundo estudos recentes, um grande número de gotículas pode escapar por essas válvulas durante o espirro ou tosse e se dispersar rapidamente pelo ambiente.
Além do veto a alguns tipos de máscaras, a proposta aprovada nesta quinta ressalta algumas regras básicas para o uso de máscara e diz que elas devem ser bem ajustadas ao rosto, cobrindo nariz e o queixo.
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O texto reforça ainda a obrigatoriedade de uso da máscara durante todo o voo.
Não precisam seguir as regras crianças menores de três anos e pessoas autistas ou alguma deficiência que impeça o uso -desde que com declaração médica.
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Na reunião, diretores também frisaram a recomendação de que pessoas se atenham apenas a viagens que não possam ser adiadas nesse momento da pandemia.
“De fato, não é momento para viagem, a não ser que seja rigorosamente necessária”, diz o diretor-presidente da agência, Antonio Barra Torres.
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