A 10ª edição do Anuário da Violência do Fórum Nacional de Segurança Pública aponta um crescimento número de mortes violentas em Santa Catarina no ano passado em comparação com 2014. Nos números absolutos, o aumento foi 5,9%, com um salto de 921 para 976 casos. Em índice por cada 100 mil habitantes, o dado subiu de 14,3 para 13,7 casos, com crescimento de 4,5% (veja mais na tabela abaixo). No país, em dados absolutos, as mortes violentas caíram 1,2%.

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Em comparação com os outros Estados brasileiros, SC tem o segundo melhor número por 100 mil habitantes. Fica atrás apenas de São Paulo (11,7). No entanto, o aumento catarinense é o sexto maior entre 2014 e 2015.

No quesito latrocínio, que é o roubo seguido de morte, SC teve um aumento significativo de 22,8%, com um salto de 57 para 70 vítimas. O Estado ficou com o novo maior crescimento, atrás de Roraima (200%), Rio Grande do Norte (155%). Minas Gerais (64%). Maranhão (62,5%),Pernambuco (43,20%), Piauí (34,3%), Sergipe (32,4%) e Mato Grosso (30,7%).

O salto de SC nos latrocínios nas cidades catarinenses foi três vezes maior que o aumento nacional no crime, que foi de 7,8%. Um dos casos emblemáticos em 2015 no Estado foi a morte da médica Mirella Maccarini Peruchi, que foi atingida por tiros quando chegava em casa, em Criciúma. Um bandido tentou roubá-la e atirou depois que a médica acelerou o carro. O caso gerou protestos na cidade.

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Em 2016, os casos de roubos seguidos de morte diminuíram no Estado. Os registros caíram 30% no primeiro semestre deste ano conforme dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP).

No outros quesitos analisados pelo anuário, SC teve mais aumentos. Nos homicídios dolosos subiu 8,8% e em lesão corporal seguida de morte 23%. Houve queda de 41,7% nas mortes decorrentes de ações policiais e 75% nas mortes de policiais fora de serviço.

Números nacionais

O número de assassinatos no país em 2015 caiu 1,2% em relação a 2014, após uma sequência de altas. No ano passado, foram 58.383 crimes violentos – são 160 vidas perdidas por dia. Especialistas consideram a variação como estagnação e negam tendência de queda.

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A retração ficou concentrada principalmente nos homicídios dolosos e nas lesões corporais seguidas de morte. Como contraponto, o crescimento nos registros de latrocínio (7,8%) e mortes decorrentes de intervenção policial (6,3%) impediu que a queda ocorresse de forma consistente.

Na lista dos Estados mais violentos, seis dos dez primeiros são do Nordeste. A liderança deixou de ser de Alagoas, que tem uma taxa de 50,8 crimes letais por 100 mil habitantes, e passou para Sergipe (57,3).

Colaborou Agência Estado

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