O novo ministro da Agricultura, Antônio Andrade (PMDB-MG), assegurou nesta segunda-feira, ao assumir a pasta, que focará seu trabalho em produtores rurais que não têm acesso a tecnologia e produzem exclusivamente para atender o mercado interno.

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Andrade citou o setor de lácteos como um dos que precisam do apoio governamental, e acrescentou que a produção de grãos, como soja e milho, além de café e frutas, tem melhor competitividade na comercialização.

O ministro destacou o compromisso da presidente Dilma Rousseff de criar a Agência de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), que dará apoio aos médios produtores para aumentar o uso de tecnologia no campo.

– A meta é o aumento da renda nas atividades agrícola e pecuária com o uso de novas tecnologias que contemplem premissas de sustentabilidade – afirmou.

Para líderes do agronegócio gaúcho, a expectativa é de que Andrade possa dar continuidade ao trabalho realizado pelo deputado Mendes Ribeiro, que deixou a pasta em razão de reforma ministerial promovido pela presidente Dilma. Conforme o presidente da Federação das Associações dos Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Renato Rocha, o primeiro pedido que será feito ao novo ocupante da pasta é a permanência do secretário de política agrícola, Neri Geller.

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– Com ele começamos tratativas de mercado e negociação das dívidas e ele está a par das demandas do setor. Queremos manter os programas de incentivo de exportações e o estabelecimento de cotas para importação do Mercosul – afirma Rocha.

O mesmo discurso é adotado pelo presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (Fecoagro), Rui Polidoro Pinto. A expectativa é que Andrade possa seguir o trabalho a partir do ponto deixado por Mendes Ribeiro Filho.

– Principalmente em relação às demandas do setor como a realização de leilões e aos programas já acertados para a safra de inverno, especialmente o trigo – ressalta Polidoro.